quinta-feira, 14 de novembro de 2013

No Place Like Oz (Dorothy Must Die, #0.5)


Nome:  No Place Like Oz
Autor: Danielle Paige
Gênero: Young-adult, Fantasia, Releituras
Editora: Harper Collins, 196 páginas
Série: Dorothy Must Die, #0.5
Ano de Publicação: 2013


Sinopse:  After returning to Kansas, Dorothy Gale has realized that the dreary fields of Kansas don’t compare to the vibrant landscapes of Oz. And although she’s happy to be reunited with Aunt Em, she misses her friends from the yellow brick road. But most of all, Dorothy misses the fame and the adventure. In Kansas she’s just another prairie girl, but in Oz she was a hero. So Dorothy is willing to do anything to get back, because there really is no place like Oz. But returning to the land she left comes at a price, and after Dorothy is through with it, Oz will never be the same.

Perfect for fans of Alex Flinn, Marissa Meyer, and Gregory Maguire, No Place Like Oz is a dark reimagining of The Wonderful Wizard of Oz by L. Frank Baum. Building off of its rich mythology, Danielle Paige creates an edgy, thrilling story for teens that chronicles the rise and fall of one of the literature’s most beloved characters. This digital original novella is a prequel that sets the stage for the forthcoming novel Dorothy Must Die.


Resenha:
                Como diz na própria sinopse, esse é um conto que originalmente seguiria o que aconteceu depois que Dorothy voltou pro Kansas, após suas aventuras em Oz. Eu descobri esse livro um tempo atrás, e quando li a sinopse de “Dorothy Must Die”, quem morreu de verdade foi eu, porque o livro só sai em abril. E assim, baixei o conto que precede o livro e continuei na estrada de tijolos amarelos busca por um bom livro.
                E “No Place Like Oz” não decepcionou. Apesar de ser um conto, conseguimos ter uma noção do estilo de escrita de Danielle Paige, e uma ideia de como será essa nova série. O livro se passa rapidamente, com acontecimentos que mal deixam a gente respirar, e a voz de Dorothy é bem distinta.
                Para falar bem a verdade, nunca fui fã do Mágico de Oz. Gostava de uma versão de desenho, que eu assistia de vez em quando, mas não era algo que eu gostava de fazer sempre. Para ser sincera, Oz sempre pareceu um pouco de chateação para mim, e Dorothy é uma personagem meio apagada. Mas tudo bem, já assisti a outras adaptações, e particularmente gostei da nova com o James Franco – pelo menos no quesito cenário. Então quando vi a sinopse de Dorothy Must Die, foi algo que me deixou empolgada e ao mesmo tempo um pouco ressabiada. Adorei a premissa, mas ainda estava com um pé atrás. E esse conto ajudou muito em decidir minha leitura.
                Então, sim, eu adorei “No Place like Oz” – e definitivamente lerei o próximo. A boa notícia é que tecnicamente, você não precisa ler o Mágico de Oz para saber o que está acontecendo – se viu o filme ou leu quando pequeno, ou tem uma noção da coisa, pode seguir adiante tranquilamente. Ou para os mais necessitados, ver o resumo da trama na Wikipédia (risos). Enfim, é um livro que vai super rápido, com uma trama básica – mas que nos mostra como Dorothy conseguiu voltar a Oz, e porque ela se tornou meio maléfica depois. Adorei ver essa parte mais dark da história, e Dorothy é uma personagem forte. Não simpatizei por completo com suas razões, mas eu conseguia entender como ela havia chegado a suas conclusões.
                Foi bacana também ver Oz pelos olhos de outro autor, e Danielle não decepciona. Suas descrições são vívidas e bem escritas, e a trama segue com um passo firme. Os personagens são ótimos também, e adorei poder dar essa nova chance a uma história que parece bem batida.
                Enfim, adorei de verdade essa história. Fiquei absolutamente maluca por ela, e não vejo a hora do livro em si ser publicado e podemos ver mais de toda essa trama e dessa Oz sombria governada por uma Dorothy das Trevas. Altamente recomendado, e uma prequel que vale realmente a pena ler enquanto esperamos pelo primeiro livro.
E pra quem quer ver mais sobre o primeiro livro da saga, “Dorothy Must Die”, aqui está o link para o goodreads: https://www.goodreads.com/book/show/18053060-dorothy-must-die
               

Nota: 4.5/5

Quote: “For everything that is wonderful, there’s something wicked, too. That’s the price you pay for magic”


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

The 100 (The Hundred, #1)


Nome:  The 100
Autor: Kass Morgan
Gênero: YA, Distopia
Editora: Little Brown, 336 páginas (Lançamento da Galera Record no Brasil marcado para Dezembro)
Série: The Hundred, #1
Ano de Publicação: 2013


Sinopse:  In the future, humans live in city-like spaceships orbiting far above Earth's toxic atmosphere. No one knows when, or even if, the long-abandoned planet will be habitable again. But faced with dwindling resources and a growing populace, government leaders know they must reclaim their homeland... before it's too late.

Now, one hundred juvenile delinquents are being sent on a high-stakes mission to recolonize Earth. After a brutal crash landing, the teens arrive on a savagely beautiful planet they've only seen from space. Confronting the dangers of this rugged new world, they struggle to form a tentative community. But they're haunted by their past and uncertain about the future. To survive, they must learn to trust - and even love - again.



Resenha:
                Vejam bem, eu adorei a premissa de ‘The 100’, porque como vocês todos já sabem, eu amo romances distópicos. E uma que adolescentes são mandados para ver se os humanos podem voltar ou não para a Terra depois de um Guerra Nuclear? Me cativou assim que eu li a sinopse.
                Contudo, a história em si não foi lá as mil maravilhas. A autora escreve muito bem, mas é principiante – e o que eu senti falta mesmo foi recheio na história. Não tinha praticamente nenhum – pouquíssimas descrições, diálogos concisos e tudo mais. Geralmente isso pode ser um ponto positivo, mas no caso de “The 100” foi um problema porque praticamente não conhecemos nada desse mundo. O que gerou a Guerra? Como são as Espaçonaves? O sistema de controle? Recebemos menções vagas de tudo isso durante o livro mas nenhuma explicação direta. Basicamente, são uns nomes flutuando por aqui e ali e nós leitores tendo que ver na bola de cristal para adivinhar do que se trata.
                Esse aprofundamento da coisa – o recheio como um todo – faltou em todos os aspectos do livro. Faltam mais detalhes da história, mais descrições de cenários e até o aprofundamento dos personagens. Apesar de eu ter gostado da trama – que não é nada brilhante nem nada assim – parece que tudo é tratado com muita superficialidade. As coisas acontecem correndo, mal dá tempo de acompanhar. É claro que isso faz do livro uma leitura super rápida, mas não dá tempo de se afundar dentro da história.
                Principalmente com o final – aliás, uma ideia muito legal, faltou a construção de um suspense. O ponto do livro é esse, na verdade: construção do suspense. Há muitas coisas legais, conectadas, e o que aconteceu no passado se relacionando com o presente é simplesmente genial, mas não há suspense de modo algum. Tem momentos que se dariam dignos de um drama e lágrimas, mas a autora narra de um jeito tão chato e sem profundidade que o máximo que conseguimos fazer é dizer um “oh!”.  É como se o livro fosse narrado em uma linha reta e num monólogo infinito e tedioso – não há momentos em que dá vontade de pular a cadeira, jogar o livro no chão nem nada disso, porque não dá pra sentir o clima do livro.
                Depois de ter feito três parágrafos de reclamação, vou aos pontos de que eu realmente gostei: a história. Gostei muito, principalmente como todos os fatos se relacionam entre si, o passado e o presente. Não tem nada de novo nessa trama, mas admito que quando cheguei no final me arrepiei toda (aliás uma das únicas emoções fortes que senti no livro, vou ser bem sincera). Gostei muito dos personagens – eles todos tem um potencial enorme, mas parecem mal aproveitados. Dá pra ver que por baixo deles tem mil e uma emoções prestes a explodirem e entrarem em conflito, e é uma pena isso ser pouco aproveitado.  E a leitura foi extraordinariamente rápida, recheada de cenas de ação e contrastes.
                No geral, eu gostei, mas dá pra melhorar – e muito. Estou esperando que a Kass Morgan resolva logo esse problema de construção de cena, porque essa série tem muito potencial e eu odeio ver isso desperdiçado.
                E pra ficar num clima melhor, deixo vocês com o trailer da série que irá estreiar baseada no livro. Nenhum dos personagens é como eu os imaginei, mas foi assim que eu descobri o livro. E é claro que vou acompanhar a série, né?!




               
Nota:  3.5/5

Quote: “When will we get to go home?” asked a boy who didn’t look much older than twelve.

“We are home”

sábado, 26 de outubro de 2013

Estranho Caso do Yoda de Origami (Yoda de Origami, #1)


Nome:  O estranho caso do Yoda de Origami
Autor: Tom Angleberg
Gênero: Comédia, Infantil
Idioma:  Já traduzido
Título Original: The Strange Case of Origami Yoda
Editora: Sextante, 160 páginas
Saga: Origami Yoda
Ano de Publicação: 2010

Sinopse:  DOUG É UM GAROTO MUITO, MUITO ESTRANHO. Ele sempre faz coisas esquisitas, como usar a mesma camiseta durante um mês, dançar feito maluco e se deitar no chão da biblioteca. Isso é constrangedor, principalmente para Tommy, que passa o recreio com ele todos os dias. Por outro lado, Doug faz uma coisa muito legal: origamis. Um belo dia, ele cria um dedoche de origami do Yoda, o sábio personagem da saga Guerra nas estrelas. E aí tem início um grande mistério. O Yoda de Origami prevê o futuro e sempre sabe como lidar com uma situação difícil. Seus conselhos funcionam mesmo e logo a maioria dos alunos da escola está fazendo fila em busca de soluções para seus problemas.
Tommy não entende como o Yoda de Origami pode ser tão sagaz se o Doug é tão sem noção. Será que o Yoda está usando a Força? Tommy precisa resolver esse mistério antes de aceitar seu conselho sobre uma garota. Este é o relatório que Tommy preparou ao investigar O estranho caso do Yoda de Origami. Para torná-lo imparcial, ele incluiu os comentários de Herbert, um colega que nunca acreditou no Yoda de Origami. Também pediu a opinião de Kevin, que só fez uns rabiscos em volta do texto. Veja como ficou!


Resenha:
Não vou me defender com relação as minhas escolhas de leitura – sim, eu leio de tudo mesmo. Inclusive livros desse tipo, que a maioria corre amedrontada e não quer nunca mais ver.
Ao melhor  estilo do “Diário de um Banana”, a história é mais levada como uma “investigação” feita pelo personagem principal, Tommy. O livro possui uma série de desenhos – e comentários feitos pelos amigos de Tommy na escola – que o deixa ainda mais engraçado. Como qualquer boa fã de Star Wars, diga Yoda e eu já estarei correndo na sua direção, então não resisti a comprar o livro e descobrir o que diabos fazia o Yoda de papel. O caso todo se revolve ao redor de Doug, um menino esquisito que resolve fazer um origami do Yoda, e dar conselhos aos outros alunos (chegando até a trocar a ordem das palavras). Cada capítulo é contado por um aluno diferente, suas experiências e conselho dado pelo Yoda de Origami. Isso tudo foi compilado por Tommy, eu precisa decidir se aceita um dos inúmeros conselhos do Yoda – e que pode deixá-lo numa situação embaraçosa.
Os personagens são engraçados – quem não dá risada com as trapalhadas das crianças da quarta série? Aposto que você lembra bem das suas -, a leitura é extremamente rápida, e ainda dá pra dar altas risadas com os absurdos da história e os desenhos mal feitos. A história em si pode não ser das melhores, mas é um livro infantil para se distrair, e que eu achei que realmente valeu a pena. A força, ela com você sempre vai estar.

Aliás, fica o pedido: CADÊ O PRÓXIMO QUE É COM O DARTH VADER, SEXTANTE??

Nota:  4/5


Quote: Didn't Gandalf say "With great power comes great responsibility"? (If it wasn't Gandalf, maybe it was Thomas Jefferson. Or Spider-Man's uncle.)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros


Nome: Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros
Autor:  Seth Grahame-Smith
Gênero:  Histórico, Ficção, Aventura
Idioma:  Já traduzido
Título Original: Abraham Lincoln, Vampire Hunter
Ano de Publicação: 2010

Sinopse:   Indiana, 1818. Sob o luar que se insinua por entre a densa floresta, uma pequena cabana se destaca. Dentro dela, o pequeno Abraham Lincoln, com apenas nove anos, está ajoelhado ao lado da cama em que a mãe agoniza, acometida do que os antigos chamavam de doença do leite.
Meu pequeno bebê..., sussurra ela antes de morrer. Anos mais tarde, o magoado Abe descobriria que o mal que vitimou sua mãe foi, na realidade, obra de um vampiro.
Então, quando a verdade se revela ao jovem Lincoln, ele registra em seu diário: (...) minha vida será rigorozamente estudar e me dedicar. Aprenderei tudo. Tornarei-me um guerreiro maior que Alexandre. Minha vida terá um único propósito. Dotado de impressionantes altura, força e habilidade com a machadinha, Abe traça um plano de vingança que acabará por levá-lo à Casa Branca.
Seth Grahame- Smith reconstitui a história real do maior presidente da história norte-americana e desvenda todos os segredos da Guerra de Secessão, além de revelar o papel crucial que os vampiros desempenharam no nascimento, na ascensão e no (quase) declínio dos Estados Unidos.


Resenha:
Confesso por meio desta que a reação que tive ao ver este livro, pela primeira vez em uma livraria, foi um grande “NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOO”, acompanhado de vários pontos de exclamações e alguns palavrões. É um absoluto sacrilégio. Estou cansada de vampiros. Chega. Não agüento mais. É um absurdo. Ainda por cima essa.
Então imaginem a minha surpresa quando minha mãe irrompe pelo quarto e praticamente joga o livro na minha cara, dizendo que precisava começar a lê-lo imediatamente. Principalmente porque você nunca desobedece minha mãe em sã consciência, tratei de terminar o livro logo (esperando reclamar do começo ao fim).
O pior – ou melhor, dependendo do ponto de vista -, é que nem tive uma oportunidade para fazer isso. O livro é inacreditavelmente bom.
Primeiro que Smith nos prende com uma leitura chamativa, criativa, e começando de um jeito nada convencional. A não ser pelo fato de nos primeiros capítulos, a história parecer chata pra dedéu, o livro continua em ritmo acelerado. Não tem como não simpatizar com Lincoln, esforçado e trabalhador, com Henry – um vampiro que caça os próprios vampiros, e outros caçadores e personagens históricos que aparecem ao longo da trama. Smith consegue balancear perfeitamente os fatos históricos e essa vida escondida que o futuro presidente levava, tudo por causa de criaturas do submundo. Além disso, essa conciliação só nos faz interessar mais pela história da guerra civil americana e pelo próprio presidente (ambos assuntos pelo qual sou avidamente interessada, principalmente se envolvem romances bons). Acho que isso é um dos fatores mais importantes, já que de nada adianta não conhecer a história oficial de um homem importante como esse. A leitura se dá extremamente rápido, enquanto o narrador alterna entre a vida de Lincoln, recontada pelo diário, e a sua própria – envolvendo todos seus problemas para escrever essa biografia. Ela contém certos pedaços do diário, da história americana da época (incluindo uma explicação vampiresca sobre a escravidão vantajosa no sul. Sangue de graça!) e alguns trechos de discursos que Abraham Lincoln fez na Casa Branca.
No mais, foi nada menos do que um livro surpreendentemente bom, que excedeu minhas expectativas – ao mesmo tempo em que eu me divertia a beça. Autores sarcásticos, você sabe como é. Só não posso deixar de recomendar para qualquer um que tenha algum interesse por história, matança de vampiros e um pouco de humor.
Principalmente agora que até vai sair um filme – e com produção de ninguém menos que Tim Burton. Acho que dessa vez ele pirou mais do que eu.


Nota:  5/5


Quote:  “Without death,' he answered, 'life is meaningless. It is a story that can never be told. A song that can never be sung. For how would one finish it?”

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Partials (Partials Sequence, #1)


Nome: Partials
Autor: Dan Wells
Gênero: Ficção, Distopia, Young Adult
Editora:  ID, 440 páginas
Série: Partials, #1
Ano de Publicação: 2012


Sinopse:  A raça humana está quase extinta após a guerra com os Partials – seres criados em laboratório, idênticos aos humanos. Eles liberaram o vírus RM, ao qual apenas uma pequena parte da população é imune. Os sobreviventes da América do Norte se reuniram em Long Island ao mesmo tempo que os Partials se retiraram da guerra misteriosamente.
Kira é uma médica em treinamento que vê, dia após dia, todos os bebês morrerem, pouco tempo após o nascimento. Há mais de uma década nenhum nasce imune ao RM. O tempo está se esgotando e, com ele, a esperança.
Decidida a encontrar a cura, Kira descobrirá que a sobrevivência dos humanos tem muito mais a ver com as ligações entre eles e os Partials do que se imagina. Ligações das quais a humanidade se esqueceu, ou simplesmente não sabia que existiam...


Resenha:
                Partials foi a minha leitura mais recente para o clube do livro do qual eu participo via internet. Eu não fui fã da capa, mas li a sinopse e me interessei. Distopia é um dos meus gêneros favoritos de literatura, e eu, é claro, não pude resistir a leitura de mais um.
                Partials é, no geral, uma distopia bem genérica – apesar de ter um fator adicionado de um pouco de ficção científica à la Admirável Mundo Novo. Não esperem nada de absolutamente inovador nem algo do gênero, é simplesmente mais uma distopia com a qual se pode perder-se e distrair-se um pouco. No começo, o livro é muito lento, e demorou muito para me prender. Não entendia como funcionava a sociedade e o autor parece que não faz muito esforço para que entendamos, e, portanto, o começo da história simplesmente se arrasta e parece algo muito chato. Foi uma coisa bem difícil de começar e ele realmente não me prendeu logo de cara.
                Depois que passamos lá da página 70 do livro, aí sim as coisas começam a ficar mais legais. O maior defeito do livro, foi, realmente, o andamento da trama – mas o autor faz com que o resto se compense. Kira é uma protagonista interessante – não exatamente uma pessoa com quem você goste ou se identifique, mas uma garota normal. Seus problemas são entendíveis, e o leitor acaba gostando de sua personalidade. Os outros personagens são igualmente bons – todos eles são multifacetados, e eu gostei principalmente de Xochi e Samm. A parte que mais adorei, de fato, foram os pedaços a ver com a ciência – dentro da história ela é muito bem explicada, e Kira sendo médica conseguimos ver isso através de seus olhos. Outra coisa bem legal é que a Kira não é mais uma protagonista ~white girl~ e sim de decendência indiana. Achei isso bacana pra adicionar mais um pouco de diversidade à literatura Young-adult – que vamos combinar, tá precisando, e muito.
                E é claro, a SUPER virada na trama que acontece nas páginas finais. Meu Deus, como não se revirar com tudo que está acontecendo? Apesar de o fim em si não ser muito satisfatório, gostei de onde o autor indica que a trama será levada, principalmente em relação aos Parciais e ao próprio vírus de RM, que causou a doença que matou 99.6% da humanidade. A sociedade que Wells cria também é bem construída e bem escrita, assim como o livro no geral.
                Sobre a edição em português eu não posso dizer muita coisa. Li o livro no kindle e foi um formato agradável, mas não sei como está a diagramação em português e muito menos a tradução.
                Enfim, Partials foi uma leitura bem interessante – recomendo principalmente se você gostar de Young-adult distópicos. Mas não entrem na história esperando um novo Jogos Vorazes nem nada – eu gostei bastante da história, mas não foi algo que me impeliu a falar sobre isso 24 horas por dia. Resta-me ler o próximo da saga daqui a algum tempo e poder contar mais pra vocês.


Nota: 3.5/5


Quote:  “If you can't know the truth, said Isolde, live the most awesome lie you can think off.” 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Fada

Nome:  A Fada
Autor: Carolina Munhóz
 Gênero:  Fantasia, Romance
Editora: Leya, 255 páginas
Ano de Publicação: 2009


Sinopse:  Alguns jovens ganham presentes caros, passagens aéreas ou festas surpresas em seus aniversários de 18 anos. Melanie Aine ganhou o falecimento do pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano. Como se tudo isso não fosse suficiente, Melanie ainda descobriu por detrás da enevoada e mística cidade de Londres um mundo fantástico que até poderia ignorar, se não descobrisse ser parte importante dele. Um legado que traz com ele diversas tragédias e problemas pessoais que ela não espera se adaptar, mas não sabe se terá opção. A única parte recompensadora parece ser seu encontro com um homem misterioso, oriundo de uma família bruxa poderosa, cuja relação caminha em uma linha bamba e tênue que separa afeto e fúria. Um afeto que pode levá-la à transcendência e à vida eterna. Uma fúria que pode conduzi-la à morte e ao esquecimento. Dentre muitos feitiços, lutas, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais, “A Fada” é uma história de descobertas e superações, sobre como o amor pode fazer várias pessoas redescobrirem a vida e a magia nela.



Resenha:
                Eu até que gostei de “A Fada”. Eu sempre tive um pouco de preconceitos contra a nova literatura brasileira – tive o azar de pegar uns exemplares por aí que me davam até desgosto, mas a paixão e o incentivo para renovar minha fé nessa literatura de hoje foi graças à Anna, que me apresentou “Dragões de Éter” no ano passado. E assim, eu resolvi também dar meu palpite nessa área. Conheci a obra da Carolina na Bienal de 2012, quando comprei o “Inverno das Fadas”, e me apaixonei pela capa e gostei muito da sinopse. Nunca fui muito fã de fadas em geral (a não ser as do Neopets :P), mas resolvi dar uma chance. Aliás, até conheci a autora na Bienal (e fiquei morrendo de raiva por não ter pedido o autógrafo. Fica pra Bienal do ano que vem!). E no começo do ano, finalmente consegui ler o livro, e gostei bastante.  Encontrei algumas dificuldades de estilo, mas que sem dúvida vão melhorar conforme mais obras são publicadas e a autora adquire mais experiência.
                A história de “A Fada” na verdade é bem simples, bobinha até. É um romance – não se deixem enganar pela parte que diz “luta” na sinopse. Não há nada disso – e o diferencial é que é protagonizado pela princesa das fadas. Na verdade, Melanie como personagem não me disse nada. Metade das vezes ela passava o tempo sentindo pena de si mesma, mas eu até que gostei da narrativa rápida. Apesar de ter algumas partes com descrições maçantes, dá para ver o potencial da autora através da narrativa. Melanie tem uma voz bem fluida e consegue carregar a história de forma bem boa, apesar de nada surpreendente. O livro é bem calmo e não possui nenhuma cena de ação – a única que possui eu senti certo deslocamento, como se algo esquisito houvesse acontecido e que não era para estar ali. Foi uma das partes que realmente não gostei, além do fato de o livro ter falta em descrição e cenas de ação em geral (e uma trama de acordo, digamos). Mas como romance, o livro representa bem seu gênero. Temos uma mocinha e um mocinho que apesar de genéricos, são simpáticos, algumas descrições de lugares gerais e cenas que te deixam com um daqueles sorrisinhos na cara.
                O livro é bem curto, chega a ter pouco mais do que duzentas páginas. Eu demorei apenas dois dias para ler, praticamente voando com a leitura. No geral, foi uma coisa bem agradável – e eu gostei muito do final no geral, e como Melanie descobriu sua verdadeira missão. As últimas páginas não me disseram muita coisa, mas achei uma virada interessante na história. O que eu realmente senti falta foram mais descrições sobre o Reino das Fadas, senti que essa parte do cenário acabou ficando muito ofuscada pelas partes do romance, e gostaria que Carolina tivesse explorado um pouco mais – e pra minha sorte, isso acontece no outro livro dela, o “Inverno das Fadas”, que eu recomendo bastante.
                Um dos adicionais ao livro é essa edição maravilhosa que a Leya lançou ano passado. Gente, é uma das capas e das diagramações mais lindas que já tive o prazer de ver, e as borboletas se encaixaram muito bem. O pessoal do design está de parabéns, porque essa edição está simplesmente maravilhosa – tão maravilhosa, de fato, que me convenceu a comprar o livro até quando não tinha direito.
                Em linhas gerais pra concluir, eu gostei do livro, mas não foi uma leitura que me acrescentou em muito. Gostei de umas partes, desgostei de outras, mas não foi um livro com que pude sentir uma conexão nem nada desse gênero. Gostaria que tivesse sido desenvolvido um pouquinho mais, mas no geral uma história bem bacana.


Nota: 2.5/5

Quote:  “Naquele momento minha vida mudava, para nunca mais ser a mesma. O surgimento de uma fada pode fazer coisas assim.”

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Diabo Veste Prada (O Diabo Veste Prada, #1)


Nome:  O Diabo Veste Prada
Autor: Lauren Weisberger
 Gênero:  Chick-lit
Idioma: Portguês
Editora: Record, 416 páginas
Título Original: Devil Wears Prada
Saga:  Devil Wears Prada, #1
Ano de Publicação: 2003

Sinopse:  O mundo da moda não é para iniciantes. Especialmente em Nova York. Para conquistar espaço - o mínimo que seja - é preciso muitas vezes experimentar o pão que o diabo amassou. Ou mesmo vender a alma ao dito-cujo. Mas será que vale a pena tanto sacrifício? Com conhecimento de causa, Lauren Weisberger lança a questão com charme e bom humor em seu romance de estréia, "O Diabo Veste Prada", que revela, em detalhes, histórias de personagens facilmente identificáveis no mundinho fashion de Nova York.


Resenha:
                Eu comecei o Diabo Veste Prada há alguns dias, e devo dizer que gostei bastante. Não é o livro da minha vida nem nada do gênero, mas foi uma leitura muito rápida e divertida. Assisti ao filme anos atrás, e lembrava muito pouco da história – a não ser roupas lindas e surreais, e como Meryl Streep fez um papel ótimo de uma bruxa de primeira.
                Enfim, eu gostei muito do livro no geral. Ele não é um chick-lit comum – na real, praticamente nada de interesse romântico. O Alex e o Christian aparecem brevemente, mas não possuem nenhum impacto real como personagens. Na verdade, a maioria dos personagens fica bem apagado, até mesmo a melhor amiga Lily, em comparação com a personagem de Miranda Priestly. Andrea Sachs, a protagonista, é simpática e irônica, e você acaba rindo de tudo que ela comenta. O livro tem um humor inerente, às vezes me fazendo dar gargalhadas altas no meio do ônibus enquanto estava lendo.
                Apesar de o livro não ser a maior obra prima existente nem nada, foi uma leitura interessante – principalmente por tudo que a Miranda criava de problemas, e ver como a revista costuma funcionar por dentro, ou até mesmo as celebridades e a parte da moda. A rotina de Andrea acaba sendo interessante justamente por não ter uma rotina – cada dia um novo desafio interessante para enfrentar, ou deixa-la louca. Em termos de trama, o livro tem pouca ou quase nenhuma. É simplesmente uma recontagem do trabalho de Andrea desde o dia em que entrou para Runaway até ir embora.
                No geral, o livro não surpreende nem nada – é simplesmente uma leitura que entretém bastante, bem leve, e que não pode deixar de ser engraçada ao mesmo tempo que triste com os sofrimentos de Andrea pela chefe tirana. Gostei da leitura, que é bem leve e rápida, mas ao mesmo tempo não deixa de ser boa.


Nota: 3.5/5


Quote: “As I raced out of the office, I could hear Emily rapid-fire dialing four-digit extensions and all but screaming, 'She's on her way-- tell everyone.' It took me only three seconds to wind through the hallways and pass through the fashion department, but I had already heard panicked cries of 'Emily said she's on her way in' and 'Miranda's coming!' and a particularly blood curdling cry of 'She's baaaaaaaaaaaaaaaaaaaack!” 

domingo, 22 de setembro de 2013

Amuleto de Samarkand (Bartimaeus, #1)


Nome:  O Amuleto de Samarkand
Autor: Jonathan Stroud
 Gênero:  Fantasia, Ficção
Idioma:  Português
Editora: José Olympio, 448 páginas
Título Original: The Amulet of Samarkand
Saga:  Bartimaeus, #1
Ano de Publicação: 2003

Sinopse:  Quando Bartimaeus, um djinn de 5.000 anos é invocado por Nathaniel, um jovem aprendiz de mago, ele não espera ter de fazer nada mais cansativo do que umas poucas ilusões simples. Mas Nathaniel é um talento precoce e tem algo muito mais perigoso em mente: vingança. Contra sua vontade, Bartimaeus é despachado para roubar o poderoso Amuleto de Samarkand de Simon Lovelace, um mestre da magia, de ambição e impiedade sem rivais. Sem demora, tanto o djim quanto o aprendiz são pegos em uma terrível torrente de intriga mágica, assassinato e rebelião. Passado em uma Londres moderna, controlada por magos, este thriller bem humorado e eletrizante conquistará leitores de todas as idades.


Resenha:
                Para resenhar livros desconhecidos e divulgar coisas novas, precisa levar muitas coisas em consideração. Por exemplo, o que as pessoas vão querer ler, assim que resolverem sair de suas “casinhas” originais? Afinal, ninguém pode viver de Harry Potter uma vida toda (por melhor que os livros sejam). Então resolvi recomendar este livro, e agora se prepare para um falatório infindável.
                Comprar livros por um dólar é geralmente suspeito, mas eu sou propícia a esse tipo de coisa. Admito, nem sempre dá certo e muitas vezes o livro é uma grande porcaria. Mas o livro de Jonathan Stroud foi realmente bom e um tanto surpreendente.
                Para começar, é um cenário completamente novo. Londres é controlada por magos (guarde para si o comentário de “Ah, Laura, tenha dó, todo mundo já viu isso antes”), porque é uma Londres moderna, do século XXI. E nada de magos com varinhas e essas coisas, mas daquele tipo que tinham de invocar demônios para fazerem sua vontade.  Os magos fracos invocam os demônios fraquinhos e podres, enquanto os mais poderosos conseguem chamar demônios antigos, com milhares de anos para serem seus servos. Outro elemento interessante e inovador: o personagem principal é nada menos do que um garoto de doze anos, que na verdade, só quer uma coisa: vingança por uma humilhação. É tão legal ver esses personagens que não são bonzinhos e não ficam o tempo todo com a história de “vou salvar o mundo, etc”. Portanto, Nathaniel é um garoto esperto, talentoso, e que não está nem aí para a moral da história. Mais um ponto para Stroud.
                Agora o mais incrível de tudo é que o personagem principal não é exatamente Nathaniel, e sim o demônio milenar que ele invoca. E aí temos a introdução do maravilhoso Bartimaeus – sarcástico, antiético, traiçoeiro e incrivelmente engraçado. Bartimaeus narra a história em primeira pessoa, relembrando várias das suas façanhas anteriores e fazendo comentários absolutamente inconformados com o fato de ter que servir um menino franzino e mimado.  Porém, para ter sua vingança, Nathaniel acaba indo um pouco longe demais – e se metendo em planos do governo e coisas que ele realmente devia ter deixado em paz.
                Uma das minhas partes favoritas são as notas de rodapé – elas definitivamente fazem o livro valer a pena. Bartimaeus lança comentários sarcásticos na direção de todo mundo, inclusive na do leitor. Ele é tão sarcástico, em todas as horas do dia, que é difícil não o amar. Eu não conseguia parar de rir, ao mesmo tempo em que ficava atenta a trama complexa do livro, que envolvia também as partes em terceira-pessoa em que acompanhamos Nathaniel.
                Por fim, só posso dizer que foi uma leitura absolutamente deliciosa – nunca havia visto algo parecido antes. São tantos elementos bons que o livro quase parece imaginário. Personagens, trama, reviravoltas e uma narração de deixar todo mundo acordado, e felizmente posso dizer que são poucos livros que podem fornecer tais elementos.Posso dizer até que não achei defeito nenhum nesse livro.  Vale a pena comprar e ler, e ainda ficar esperando por quando eles vão nos dar mais um pouquinho de Bartimaeus para saciar nossa fome.


Nota:  5/5


Quote: “That did it. I'd gone through a lot in the past few days. Everyone I met seemed to want a piece of me: djinn, magicians, humans...it made no difference. I'd been summoned, manhandled, shot at, captured, constricted, bossed about and generally taken for granted. And now, to cap it all, this bloke is joining in too, when all I'd been doing was quietly trying to kill him.”

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

[TOP 5] 5 livros que me fizeram chorar


TOP 5 é um meme que tentarei fazer uma vez por mês, com minha lista top 5 de qualquer coisa que eu estiver com vontade. Dessa vez, os livros são os que mais me fizeram chorar. Preparados para as lágrimas? Pegue um lencinho e me acompanhe!



5.  O Sol é Para Todos, Harper Lee
Um livro super impactante em minha vida. Li ele apenas ano passado, e eu nem sabia do que se tratava - e até agora fico sem palavras para descrevê-lo. Sempre fico chocada com o que acontece, e como até nos dias de hoje isso volta a acontecer. Chorei de tristeza mais porque é um livro cuja história faz parte do nosso dia-a-dia do que pelo modo como é contada. Um must-read, definitivamente.

“As you grow older, you'll see white men cheat black men every day of your life, but let me tell you something and don't you forget it - whenever a white man does that to a black man, no matter who he is, how rich he is, or how fine a family he comes from, he is trash.



4. A Culpa é das Estrelas, John Green

Comecei 'A Culpa é das Estrelas' já sabendo o que ia acontecer, e mesmo assim continuou um livro incrível. Chorei da metade pro final praticamente, não conseguia nem parar de soluçar. A história é muito emotiva mesmo, e nos faz refletir sobre a vida e todas as escolhas que a gente faz. Foi um livro lindo!

“You don't get to choose if you get hurt in this world...but you do have some say in who hurts you. I like my choices.” 





3. Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, Jonathan Safran Foer

Li o livro por indicação da minha amiga, e foi uma das melhores que li até hoje! A trama é super comovente enquanto acompanhamos Oscar e o mistério das chaves. Adorei o modo como é escrito e contracena as várias cartas e imagens. Minhas partes favoritas foram as partes escrita pela avó - eram lindamente escritas e cheias de emoção, simplesmente não conseguia desgrudar. Há passagens maravilhosas durante o livro, e a história toda faz você se emocionar.

“I regret that it takes a life to learn how to live.” 



2. O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe li e reli várias vezes. É um clássico que serve tanto para adultos quanto para crianças, e nunca vai deixar de fazer você chorar feito um bebê. Ele é simples, mas toda a emoção contida dentro dele é incrível e praticamente incapacitante. Não dá pra ler sem ter lágrimas nos olhos e fazer você repensar toda sua vida. 

“The most beautiful things in the world cannot be seen or touched, they are felt with the heart.” 



1. O Menino do Pijama Listrado, John Boyne

Tá, esse livro é o número um pela razão que demorou duas horas para lê-lo e mais ou menos outras três para eu conseguir parar de chorar.
É um livro pequeno, mas simplesmente incrível. Passa uma mensagem que nos faz pensar na vida e em tudo o que já aconteceu no mundo, e o final simplesmente acaba conosco. É um livro para nunca mais ser esquecido.

“What exactly was the difference? he wondered to himself. And who decided which people wore the striped pajamas and which people wore the uniforms?”





Algumas menções de Honra, para também não ficarem perdidos: "A Menina que Roubava Livros", "História de Duas Cidades", "Quem é você, Alasca?" e é claro, "Marley & Eu", que não poderia faltar. Todos altamente recomendados (:

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fall of Five (Lorien Legacies, #4)


Nome:  Fall of Five
Autor: Pittacus Lore
 Gênero:  Ficção, Young-Adult
Idioma: Inglês
Editora: HarperTeen, 352 páginas
Saga:  Lorien Legacies, #4
Ano de Publicação: 2013

Sinopse:  The Garde are finally reunited, but do they have what it takes to win the war against the Mogadorians?
John Smith—Number Four—thought that things would change once the Garde found each other. They would stop running. They would fight the Mogadorians. And they would win.
But he was wrong. After facing off with the Mogadorian ruler and almost being annihilated, the Garde know they are drastically unprepared and hopelessly outgunned. Now they’re hiding out in Nine’s Chicago penthouse, trying to figure out their next move.
The six of them are powerful, but they’re not strong enough yet to take on an entire army—even with the return of an old ally. To defeat their enemy, the Garde must master their Legacies and learn to work together as a team. More importantly, they’ll have to discover the truth about the Elders and their plan for the Loric survivors.
And when the Garde receive a sign from Number Five—a crop circle in the shape of a Loric symbol—they know they are so close to being reunited. But could it be a trap? Time is running out, and the only thing they know for certain is that they have to get to Five before it’s too late.
The Garde may have lost battles, but they will not lose this war.
Lorien will rise again.


Resenha:
Sempre acho que os livros de Lorien Legacies não podem ficar melhores – e lá vou eu de novo estar errada. The Fall of Five começa com toda a Garde reunida, uma coisa pela qual esperávamos há muito tempo. É incrível ver a dinâmica de todo o grupo junto, usando seus poderes e treinando para a batalha final. Até mesmo Sarah e Sam se dedicam mais ao treinamento, nenhum dos dois querendo ficar para trás. E isso é simplesmente incrível.
A trama em si segue mais ou menos o estilo da dos primeiros livros da série – uma batalha aqui e ali, no final algo grande. O livro em si possui apenas 300 páginas, e às vezes ficamos com a sensação de que o autor está enrolando para vender mais volumes, mas no geral a história é bem estabelecida e segue um complexo lógico – quase todas as cenas eram absolutamente necessárias para desenvolver tanto a trama principal quanto os personagens. É bom ver a Garde crescendo conforme os livros, ficando mais fortes e tudo mais.
Minha parte favorita do livro, é claro, são os personagens.  Não tem um que eu não simplesmente ame de paixão – o Nine, o John, a Six, o Sam, a Marina, a Ella... são todos tão bons e dispostos a dar tudo por seu objetivo. É simplesmente brilhante. Outra coisa que sempre gosto bastante é a troca de POVs, que nos permite olhar um pouco de cada lado. Dessa vez, introduziram o POV do Sam, e temos as narrações alternadas entre ele, John e Marina. As legacies também são sempre uma coisa legal de ver, principalmente quando um poder novo surge e como eles usam – uma das minhas cenas favoritas foi a hora em que todos se juntam para o treinamento na sala especial, e um jogo de pique-bandeira. O livro arranca sorrisos a toda hora, e a dinâmica entre todos os personagens é bem descrita e real.
O melhor de tudo, contudo, foi a nova parte da trama introduzida – nós sabemos que os Mogadorians querem destruir a Terra e todo aquele blábláblá de sempre, e Setrakus Ra está no meio disso. Mas fora isso, não sabemos praticamente nada sobre seus planos e a obsessão por detruir os Lorianos. Nesse livro, temos alguns flashes do que vai ocorrer nos próximos livros da saga – e eu te digo, é algo grande. Grande mesmo. Eu terminei o livro praticamente gritando de tanta coisa que estava acontecendo e de tantas possibilidades que abriram. Mas só um avisozinho: ao mesmo tempo em que Fall of Five vai te fazer rir, vai ao mesmo tempo estilhaçar seu coração. Não posso falar nada de spoilers, mas um dos meus personagens favoritos se foi, e eu não conseguia me conformar de maneira alguma. Não conseguia nem falar direito quando terminei o livro, e só posso dizer que, além de melhor ainda que os anteriores, o livro também vai te deixar tanto pesaroso quanto querendo mais, tudo ao mesmo tempo.


Nota: 4.5/5

Quote: “We break our huddle and Eight immediately transforms into one of his massive avatars. His handsome features melt away, replaced by the snarling face and golden mane of a lion. He grows to about twelve feet, ten arms sprouting out of his sides, each of them tipped with razor-sharp claws. Nine whistles through his teeth.

'Now we're talking,' Nine says. 'One of your parents must've been a chimæra. Probably your mom.”

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Jurassic Park (Jurassic Park, #1)



Nome: Jurassic Park
Autor: Michael Crichton
Gênero: Ficção
Idioma: Apenas inglês
Ano de Publicação: 1990

Sinopse: An astonishing technique for recovering and cloning dinosaur DNA has been discovered. Creatures once extinct now roam Jurassic Park, soon-to-be opened as a theme park. Until something goes wrong, and science proves a dangerous toy…


Resenha:
Jurassic Park é um livro que todo –e qualquer fã – de dinossauros deveria ler. Estou falando sério – foi o livro que me convenceu a ser paleontóloga (na verdade, minha mãe leu quando estava grávida e viciou, o que totalmente explica minha loucura – ou até minha paixão por lagartos gigantes.).
Enfim, Michael Crichton faz você virar uma página atrás da outra – cada vez esperando o pior, enquanto John Hammond, financiador e criador do parque, tem toda a certeza de que será o maior parque de diversões do mundo. Afinal de contas, todo mundo quer ver um dinossauro vivo. Para inspecionar a sua criação, Hammond então convoca uma trupe de cientistas – incluindo o paleontólogo Alan Grant e o matemático especialista Ian Malcolm, e ainda convida seus dois netos para passar o fim de semana na Ilha da Costa rica onde seus experimentos eram conduzidos.
É óbvio que nada disso dá certo.
Na primeira metade do livro, Crichton nos introduz ao recém-descoberto universo da genética, e a própria ideia do parque. Ficamos tão envolvidos com a história que é impossível não desejar estar lá. A explicação “científica” que ele fornece para criar a existência dos novos dinossauros é plausível – tanto que você começa a acreditar que os dinossauros possam ser tão reais quanto eu ou você.
E então tem o Dr. Ian Malcolm, insistindo que todo o parque é um absurdo, e que a situação não pode ser controlada – e BAM, ele está certo, como em todas as outras vezes! E aí começam as aventuras pela ilha, fugindo do famoso Tiranossauro no jipe, velociraptors na cozinha e todas aquelas famosíssimas cenas do Spielberg.
Jurassic Park é um livro que te tira o fôlego, e a cada segundo você quer ler mais – seja por causa dos dinossauros, ou porque simplesmente quer voltar para casa e acordar do sonho que se tornou pesadelo, como todos na ilha.
E principalmente se você gosta de ficção e dinossauros, esse é seu livro. Bem vindo ao Período jurássico.

Nota:  5/5

Quote:”God creates dinosaurs, God kills dinosaurs, God creates man, man kills God, and man brings back dinosaurs.”


sábado, 14 de setembro de 2013

Prodigy (Legend, #2)


Nome:  Prodigy
Autor: Marie Lu
 Gênero:  Distopia, Ficção, YA
Idioma: Português
Editora: Prumo, 305 páginas
Título Original: Prodigy
Saga:  Legend
Ano de Publicação: 2013

Sinopse:  Os opostos perto do caos. Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez.
Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.


Resenha:  
                Li Legend no começo do ano e gostei bastante – a história e a trama em si não possuem nada de novo ou algo que fará você perder a respiração, mas a escrita de Lu é fluida e muito tranquila, e os personagens são bem construídos. Nesse volume da saga, Lu não surpreende – nem de maneira boa nem de maneira ruim, na minha opinião.
                Quando comecei a ler Prodigy não esperava nada melhor que o primeiro, mas foi bom constatar que os dois livros possuem as mesmas qualidades. Gosto muito da narrativa alternada entre os capítulos de June e Day, que proporcionam um insight bem diferente da história – é interessante ver como dois personagens que se conectam um ao outro também possuem opiniões tão divergentes. Eu particularmente não consigo escolher entre nenhum dos dois – acho ambos personagens tão diferentes e que adicionam tanto à trama. Caso os dois não estivessem no livro, Prodigy seria uma distopia bem genérica – mas June e Day contribuem a sua própria maneira para não deixar o livro entediante.
                O ritmo de Prodigy é rápido e a trama evolui praticamente na velocidade da luz – a cada página que vira uma coisa nova está acontecendo. Gostei muito que foram nos apresentados os outros países e o resto do mundo, e o que pensam a respeito da República. As atividades dos Patriotas progredindo também é muito interessante de ver.
                Os pontos negativos de Prodigy para mim foram principalmente dois – ao invés de encontrar muitas viradas na trama, eu conseguia adivinhar muita coisa do que iria acontecer. A personalidade do Anden e quem ele é de verdade, eu matei a charada em menos de cinco minutos. Apesar de que a parte do Razor e sobre as decisões da República me surpreenderam um pouco, também. Outra coisa que não gostei foi a evolução da personagem da Tess, e os outros “triângulos amorosos” que pareceram surgir pela trama. Achei bem desnecessário e completamente fora do lugar – principalmente em vista do objetivo dessa relação entre ela e Day. Para acontecer o que aconteceu, os dois bastariam continuar amigos e pronto, sem essa besteira de querer inserir outra parte romântica.
                No entanto, gostei muito de Prodigy. Foi uma leitura bastante rápida e com a qual consegui me divertir e mais uma vez voltar aos personagens que tanto gosto dentro dele – principalmente a June, que é simplesmente demais. Além do mais, agora fiquei louca para ler o próximo – principalmente devido ao jeito como o livro acaba. Quer um cliffhanger maior? Maldita Marie Lu arruinando meu OTP! Mas não direi mais nada, porém saibam que fiquei muito frustrada com o final e quero que dezembro chegue logo para eu finalmente poder ler a conclusão para a saga.
                Em resumo, minha opinião sobre Prodigy é: se você adorou Legend, vai adorar o segundo livro. Se gostou do primeiro, vai gostar muito de Prodigy também. Mas se você já não gostou de Legend – e pegou o segundo livro para dar uma “segunda chance” a série, melhor deixar ele de lado, pois Prodigy se dá exatamente da mesma maneira que o primeiro livro da saga.


Nota: 4/5

Quote: “I take a step toward him and grin cheerfully. "With all due respect, I don't see the Republic tacking up wanted posters with your pretty face on them.” 



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Jane Austen, A Vampira (Jane Fairfax #1)


Nome: A Vampira
Autor: Michael Thomas Ford
 Gênero:  Romance
Idioma: Português
Editora: Leya, 304 páginas
Título Original: Jane Bites Back
Saga:  Jane Fairfax
Ano de Publicação: 2009

Sinopse:  Segundo este livro, a autora de "Orgulho e Preconceito" e outros clássicos do século XVIII não morreu, mas vive hoje numa cidadezinha no interior do estado de Nova York. Dona de uma livraria, vive frustrada por não receber os direitos autorais e ter o reconhecimento de suas obras de sucesso. Em "Jane Austen - A Vampira", ela mudou o sobrenome para Fairfax e sobrevive há 233 anos, porque foi mordida por um vampiro, quando se tornou imortal. Entre romances com o Lord Byron, que também é um vampiro, e tentativas frustradas de publicar um novo livro, Jane Austen, ou melhor, dizendo, Jane Fairfax, envolve o leitor em uma divertida viagem ao universo literário, com personagens de outras histórias, de maneira inteligente e divertida!


Resenha:
                Depois do balde de água fria que eu levei com Abraham Lincoln caçador de vampiros, resolvi esfriar a cabeça e me acalmar bastante antes de começar a julgar os livros de gente famosa misturados com vampiros. Sim, eu consegui superar o preconceito – e você consegue, também!
                Eu entendo muito bem quem tem receio de começar livros assim, sempre por medo de ser um completo desastre. Quem me emprestou “A Vampira” foi minha tia, e eu comecei a ler com uma curiosidade imensa. Mas já aviso – não espere que seja lá grandes coisas, porque não é. A narrativa é simples e até bobinha as vezes, mas foi um livro que me entreteve bastante.
                A trama, na verdade, é bem fraca. Não temos muitas observações nem viradas interessantes – no geral, o livro não assume um rumo específico e portanto, a trama é bem indefinida. No geral, seguimos a vida de Jane Fairfax – sua livraria, sua vida amorosa, a estrada para a publicação do seu novo livro. Nada demais até aí. Até mesmo as partes que seriam interessantes – Jane matando humanos ou algo assim, foi completamente diluído, e a parte que mais se sobressai é o romance.  O estilo de escrita não é muito complexo também, o que o torna uma leitura bem rápida. Como definiria minha vó, uma coisa bem “água com açúcar”.
                O que eu mais gostei, na verdade, foram as representações dos personagens. Jane é carismática e uma doçura, e você imediatamente gosta dela e se identifica com seus problemas. Achei muito legal também o modo como o autor retrata as relações dela com seus livros anteriores. Os outros personagens também são muito bons, e teve horas que tive de rir em voz alta com a bagunça da publicação do novo livro e o envolvimento de Lorde Byron com a situação toda. Algumas citações literárias também são divertidas ao longo da leitura – uma vez que Jane Austen agora tem uma livraria, isso se torna inevitável.
                No geral, achei o livro bem fácil de ler e gostei muito das aventuras de Jane, e deu uma renovada no gênero sem exatamente perder o charme. Se você é um fã hardcore de Jane Austen que não concorda com adaptações, nem chegue perto! Mas se você gosta de alguma coisa para distrair, e que ao mesmo tempo te faça rir e falar “awwn” em algumas partes, o livro até que é bem bom e entretém bastante o leitor.


Nota: 3/5



Quote: “When The Journal of Words compiled its list of the one hundred best novels written in English, do you know that Pride and Prejudice was number twelve?" She stopped pacing and glared at Jane. "And do you know where Jane Eyre was?" she asked. She looked at the four of them in turn, but nobody answered her. "Number fifty-two!" she shrieked. "Fifty-two! Below that pornographic travesty Lolita!" She spat the title as if it were poison. "Below Huckleberry Finn! Below Ulysses. Have you ever tried to read Ulysses? Have you ever finished it? No, you haven't. No one has. They just carry it around and lie about having read it.” 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Delírio (Delirium, #1)


Nome:  Delírio
Autor: Lauren Oliver
 Gênero: Distopia, Young Adult
Idioma: Português
Editora: Intrínseca, 352 páginas.
Título Original: Delirium
Saga:  Delirium
Ano de Publicação: 2011


Sinopse:  Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?



Resenha:

                Por onde começar essa resenha? Delirium é um livro que me deixou pensando nele por meses a fio. Volta e meia olhava para uma coisa na rua e conseguia ver a essência do livro percorrer a minha vida, como se já virasse parte dela. E é exatamente esse tipo de livro delicioso que Delirium é.
                Na realidade, não tem muito o que falar. A trama central do livro na verdade é bem bobinha, e os personagens não são lá essas coisas tampouco. Lena tem um passado doloroso, Alex é um cara encantador, Hana é a melhor amiga que desafia o sistema. É claro que você vê o livro através dos pensamentos da Lena – é narrado em primeira pessoa – mas às vezes senti que os personagens poderiam ter evoluído um pouquinho mais, pelo menos até a metade do livro. E na verdade é só por isso que o livro não ganha uma nota um pouquinho maior. E depois a história foi evoluindo, e eu simplesmente me apaixonei.
                Porque na verdade, a ideia de Lauren Oliver é bem simples: discutir o papel do amor na sociedade. “Nossa, Laura, mas que coisa clichê, pelo amor de deus” – é o que você está pensando. E no começo, é mais ou menos isso. Só que Oliver evolui isso ao extremo – a distopia é criada ao redor de uma cirurgia feita aos dezoito anos que remove a parte do cérebro que é capaz de sentir emoções. E o amor é considerado uma doença transmissível que deve ser removida a qualquer custo.
                Todo o mundo de Delirium se baseia na cura de amor deliria nervosa – o amor em si, e como ele afeta a sociedade. Quando o amor e as emoções são removidas, inclui tudo – todas suas amizades, sua família, absolutamente tudo. E foi essa parte que quase me matou por dentro. Enquanto eu estava lendo, eu não podia deixar de pensar, o tempo inteiro – e se acontecesse comigo? É isso que Delirium propõe dentro da história. Lena foi criada em uma sociedade que acredita que toda forma de emoção é ruim, e que é a causa de todos os problemas do mundo. E então Lena conhece Alex e BAM – nada mais faz sentido. E o que eu mais adorei é que a autora faz você mergulhar nessa sensação de dor e esperança e amor e alegria e felicidade que é se apaixonar ou possuir uma grande amizade, o quanto é importante essa parte dentro dos relacionamentos humanos. É simplesmente lindo ver como isso acontece, e Lena começar a perceber o quão errada é essa sociedade que ela está vivendo. Porque o amor dói? Claro. Tem horas que dá vontade de chorar e arrancar o coração fora? Também. Mas não é um negócio que vale a pena? Não nos faz sentir vivos?
                A proposta do livro é simplesmente brilhante, não há outras palavras para descrever. É uma história envolvente e de reflexão, da forma mais bonita. Oliver escreve de um modo extremamente poético e envolvente, o que ajuda ainda mais dar o tom da obra. Uma das coisas que também gostei foram os pequenos trechos que davam início ao capítulo – com passagens do tratado da sociedade de Lena, sobre os sintomas de amor deliria nervosa, e todo outro tipo de coisa que dava um toque extra aos capítulos. Alguns parágrafos eram simplesmente aterrorizantes quando se pensa nas consequências de uma vida assim, e eu achei maravilhoso. Porém, não é um livro que contenha ação – e não vá esperando nada do gênero. Ele é um livro cuja escrita é fluida e rápida, mas busca acima de tudo refletir nos próprios seres humanos e suas emoções do que qualquer outra coisa.


Nota: 4.5/5


Quote: “I guess that’s just part of loving people: You have to give things up. Sometimes you even have to give them up.” 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ender's Game (Ender's Saga, #1)


Nome:  Ender’s Game
Autor: Orson Scott Card
 Gênero:  Ficção Científica
Idioma: Inglês
Editora: Tor Books, 324 páginas
Saga:  Ender’s Saga, #1
Ano de Publicação: 1985


Sinopse:  In order to develop a secure defense against a hostile alien race's next attack, government agencies breed child geniuses and train them as soldiers. A brilliant young boy, Andrew "Ender" Wiggin lives with his kind but distant parents, his sadistic brother Peter, and the person he loves more than anyone else, his sister Valentine. Peter and Valentine were candidates for the soldier-training program but didn't make the cut—young Ender is the Wiggin drafted to the orbiting Battle School for rigorous military training.

Ender's skills make him a leader in school and respected in the Battle Room, where children play at mock battles in zero gravity. Yet growing up in an artificial community of young soldiers Ender suffers greatly from isolation, rivalry from his peers, pressure from the adult teachers, and an unsettling fear of the alien invaders. His psychological battles include loneliness, fear that he is becoming like the cruel brother he remembers, and fanning the flames of devotion to his beloved sister. 

Is Ender the general Earth needs? But Ender is not the only result of the genetic experiments. The war with the Buggers has been raging for a hundred years, and the quest for the perfect general has been underway for almost as long. Ender's two older siblings are every bit as unusual as he is, but in very different ways. Between the three of them lie the abilities to remake a world. If, that is, the world survives. 
Ender's Game is the winner of the 1985 Nebula Award for Best Novel and the 1986 Hugo Award for Best Novel.



Resenha:
                Comecei Ender’s Game por causa do filme que sairá em novembro  e com um pé atrás – havia ouvido falar tão mal do autor que acabei me sentindo forçada a ler o livro e criticá-lo mais do que o normal. Sabe como é. Porém, ao longo da leitura, deixar um pouco do preconceito de lado e separar o autor e a obra, seguindo em frente.
                E assim, inevitavelmente, consegui aproveitar o livro muito mais. O começo é estranho, e não obtemos um conceito muito bom do que está acontecendo. Mas eu adorei a história e o modo como ela é contada. Um dos meus elementos favoritos foram os diálogos no início de cada capítulo, introduzindo o tema. Os personagens são muito bons – particularmente Ender, personagem principal, e todas as suas motivações. Adorei o modo como fizeram e chegava a apertar meu coração quando o obrigavam a fazer algo de ruim. Ele é bem carismático e conseguimos nos identificar com ele através da leitura. Porém, em contraste com ele, todas as outras personagens ficam meio apagadas – mas mesmo assim, conseguimos vislumbrar quem são, o que sentem e tudo mais. Os irmãos de Ender, principalmente, são fascinantes e vê-los crescer ao longo da história foi muito bacana. E aquelas frustrações no meio da história quando todo mundo queria só ferrar com Ender? Argh, quase fiquei maluca! A trama em si não é muito complexa, mas algo divertido de seguir e você acaba lendo muito rápido.
                Outra coisa que completamente me tirou do sério foi o título do livro. Basicamente, o treinamento todo de Ender na Battle School se dá através de todos os tipos de jogos, então eu realmente não fiquei prestando atenção – somente quando cheguei no final e aquela virada da trama me pegou completamente de surpresa foi que notei. Sério, pessoal, é simplesmente brilhante. Minha outra parte favorita, é claro, são os jogos – principalmente as cenas de batalhas e estratégia dentro do campo de Gravidade Zero, que me deixaram superempolgada.
                Agora aos problemas... bem, para mim, o maior defeito de Ender’s Game foi a idade dos personagens. Ender entra na escola de Batalha com seis anos e sai de lá com doze. Eu sei que Ender é pra ser um supergênio e tal, mas achei que Card passou um pouco dos limites nesse ponto. Não consegui sentir a idade do Ender através das páginas, ele simplesmente parecia muito mais velho do que era pra ser. Entendo que era de propósito, mas o autor não conseguiu trabalhar num contraste entre a personalidade do adulto e da criança, ele simplesmente botou lá e deixou sem nenhuma outra explicação. Outra coisa que senti falta também foi o esquecimento com relação aos alienígenas – eram pra estar lutando uma megabatalha contra eles, mas cadê? Durante o livro todo, só temos um ou dois aprofundamentos nesse quesito, o que achei uma falha do autor. No geral, no entanto, não prejudicou o clima da história e a escrita fluida e rápida, que me fez terminar o livro em três dias.
                No geral, gostei muito do livro, e achei interessante como fã da ficção científica me adentrar no gênero de Military Science-Fiction. Apesar de uns absurdos óbvios, gostei muito da escrita, da história e dos personagens no geral, sendo uma leitura bem leve mas ao mesmo tempo cheia de viradas na trama que não te deixam largar o livro até você terminar.


                E agora, é claro, aproveitar pra deixar vocês com o trailer, e com um cast que está bombando. (Harrison Ford!!!!!!!! Bem Kingley!!!!! Viola Davis!!!! Asa Butterfield!!!!!! Hailee Steinfield!!!!!!!!!!!!!! I CAN’T OKAY)


Nota: 4/5


Quote: “There is no teacher but the enemy. No one but the enemy will tell you what the enemy is going to do. No one but the enemy will ever teach you how to destroy and conquer. Only the enemy shows you where you are weak. Only the enemy tells you where he is strong. And the rules of the game are what you can do to him and what you can stop him from doing to you. I am your enemy from now on. From now on I am your teacher.”