domingo, 22 de setembro de 2013

Amuleto de Samarkand (Bartimaeus, #1)


Nome:  O Amuleto de Samarkand
Autor: Jonathan Stroud
 Gênero:  Fantasia, Ficção
Idioma:  Português
Editora: José Olympio, 448 páginas
Título Original: The Amulet of Samarkand
Saga:  Bartimaeus, #1
Ano de Publicação: 2003

Sinopse:  Quando Bartimaeus, um djinn de 5.000 anos é invocado por Nathaniel, um jovem aprendiz de mago, ele não espera ter de fazer nada mais cansativo do que umas poucas ilusões simples. Mas Nathaniel é um talento precoce e tem algo muito mais perigoso em mente: vingança. Contra sua vontade, Bartimaeus é despachado para roubar o poderoso Amuleto de Samarkand de Simon Lovelace, um mestre da magia, de ambição e impiedade sem rivais. Sem demora, tanto o djim quanto o aprendiz são pegos em uma terrível torrente de intriga mágica, assassinato e rebelião. Passado em uma Londres moderna, controlada por magos, este thriller bem humorado e eletrizante conquistará leitores de todas as idades.


Resenha:
                Para resenhar livros desconhecidos e divulgar coisas novas, precisa levar muitas coisas em consideração. Por exemplo, o que as pessoas vão querer ler, assim que resolverem sair de suas “casinhas” originais? Afinal, ninguém pode viver de Harry Potter uma vida toda (por melhor que os livros sejam). Então resolvi recomendar este livro, e agora se prepare para um falatório infindável.
                Comprar livros por um dólar é geralmente suspeito, mas eu sou propícia a esse tipo de coisa. Admito, nem sempre dá certo e muitas vezes o livro é uma grande porcaria. Mas o livro de Jonathan Stroud foi realmente bom e um tanto surpreendente.
                Para começar, é um cenário completamente novo. Londres é controlada por magos (guarde para si o comentário de “Ah, Laura, tenha dó, todo mundo já viu isso antes”), porque é uma Londres moderna, do século XXI. E nada de magos com varinhas e essas coisas, mas daquele tipo que tinham de invocar demônios para fazerem sua vontade.  Os magos fracos invocam os demônios fraquinhos e podres, enquanto os mais poderosos conseguem chamar demônios antigos, com milhares de anos para serem seus servos. Outro elemento interessante e inovador: o personagem principal é nada menos do que um garoto de doze anos, que na verdade, só quer uma coisa: vingança por uma humilhação. É tão legal ver esses personagens que não são bonzinhos e não ficam o tempo todo com a história de “vou salvar o mundo, etc”. Portanto, Nathaniel é um garoto esperto, talentoso, e que não está nem aí para a moral da história. Mais um ponto para Stroud.
                Agora o mais incrível de tudo é que o personagem principal não é exatamente Nathaniel, e sim o demônio milenar que ele invoca. E aí temos a introdução do maravilhoso Bartimaeus – sarcástico, antiético, traiçoeiro e incrivelmente engraçado. Bartimaeus narra a história em primeira pessoa, relembrando várias das suas façanhas anteriores e fazendo comentários absolutamente inconformados com o fato de ter que servir um menino franzino e mimado.  Porém, para ter sua vingança, Nathaniel acaba indo um pouco longe demais – e se metendo em planos do governo e coisas que ele realmente devia ter deixado em paz.
                Uma das minhas partes favoritas são as notas de rodapé – elas definitivamente fazem o livro valer a pena. Bartimaeus lança comentários sarcásticos na direção de todo mundo, inclusive na do leitor. Ele é tão sarcástico, em todas as horas do dia, que é difícil não o amar. Eu não conseguia parar de rir, ao mesmo tempo em que ficava atenta a trama complexa do livro, que envolvia também as partes em terceira-pessoa em que acompanhamos Nathaniel.
                Por fim, só posso dizer que foi uma leitura absolutamente deliciosa – nunca havia visto algo parecido antes. São tantos elementos bons que o livro quase parece imaginário. Personagens, trama, reviravoltas e uma narração de deixar todo mundo acordado, e felizmente posso dizer que são poucos livros que podem fornecer tais elementos.Posso dizer até que não achei defeito nenhum nesse livro.  Vale a pena comprar e ler, e ainda ficar esperando por quando eles vão nos dar mais um pouquinho de Bartimaeus para saciar nossa fome.


Nota:  5/5


Quote: “That did it. I'd gone through a lot in the past few days. Everyone I met seemed to want a piece of me: djinn, magicians, humans...it made no difference. I'd been summoned, manhandled, shot at, captured, constricted, bossed about and generally taken for granted. And now, to cap it all, this bloke is joining in too, when all I'd been doing was quietly trying to kill him.”

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