Nome: O Amuleto de
Samarkand
Autor: Jonathan Stroud
Gênero: Fantasia, Ficção
Idioma: Português
Editora: José Olympio, 448 páginas
Editora: José Olympio, 448 páginas
Título Original: The Amulet of Samarkand
Saga: Bartimaeus, #1
Ano de Publicação: 2003
Sinopse: Quando
Bartimaeus, um djinn de 5.000 anos é invocado por Nathaniel, um jovem aprendiz
de mago, ele não espera ter de fazer nada mais cansativo do que umas poucas
ilusões simples. Mas Nathaniel é um talento precoce e tem algo muito mais
perigoso em mente: vingança. Contra sua vontade, Bartimaeus é despachado para
roubar o poderoso Amuleto de Samarkand de Simon Lovelace, um mestre da magia,
de ambição e impiedade sem rivais. Sem demora, tanto o djim quanto o aprendiz
são pegos em uma terrível torrente de intriga mágica, assassinato e rebelião.
Passado em uma Londres moderna, controlada por magos, este thriller bem
humorado e eletrizante conquistará leitores de todas as idades.
Resenha:
Para
resenhar livros desconhecidos e divulgar coisas novas, precisa levar muitas
coisas em consideração. Por exemplo, o que as pessoas vão querer ler, assim que
resolverem sair de suas “casinhas” originais? Afinal, ninguém pode viver de
Harry Potter uma vida toda (por melhor que os livros sejam). Então resolvi
recomendar este livro, e agora se prepare para um falatório infindável.
Comprar
livros por um dólar é geralmente suspeito, mas eu sou propícia a esse tipo de
coisa. Admito, nem sempre dá certo e muitas vezes o livro é uma grande
porcaria. Mas o livro de Jonathan Stroud foi realmente bom e um tanto
surpreendente.
Para
começar, é um cenário completamente novo. Londres é controlada por magos
(guarde para si o comentário de “Ah, Laura, tenha dó, todo mundo já viu isso
antes”), porque é uma Londres moderna, do século XXI. E nada de magos com
varinhas e essas coisas, mas daquele tipo que tinham de invocar demônios para
fazerem sua vontade. Os magos fracos
invocam os demônios fraquinhos e podres, enquanto os mais poderosos conseguem
chamar demônios antigos, com milhares de anos para serem seus servos. Outro
elemento interessante e inovador: o personagem principal é nada menos do que um
garoto de doze anos, que na verdade, só quer uma coisa: vingança por uma
humilhação. É tão legal ver esses personagens que não são bonzinhos e não ficam
o tempo todo com a história de “vou salvar o mundo, etc”. Portanto, Nathaniel é
um garoto esperto, talentoso, e que não está nem aí para a moral da história.
Mais um ponto para Stroud.
Agora o
mais incrível de tudo é que o personagem principal não é exatamente Nathaniel,
e sim o demônio milenar que ele invoca. E aí temos a introdução do maravilhoso
Bartimaeus – sarcástico, antiético, traiçoeiro e incrivelmente engraçado.
Bartimaeus narra a história em primeira pessoa, relembrando várias das suas
façanhas anteriores e fazendo comentários absolutamente inconformados com o
fato de ter que servir um menino franzino e mimado. Porém, para ter sua vingança, Nathaniel acaba
indo um pouco longe demais – e se metendo em planos do governo e coisas que ele
realmente devia ter deixado em paz.
Uma das
minhas partes favoritas são as notas de rodapé – elas definitivamente fazem o
livro valer a pena. Bartimaeus lança comentários sarcásticos na direção de todo
mundo, inclusive na do leitor. Ele é tão sarcástico, em todas as horas do dia,
que é difícil não o amar. Eu não conseguia parar de rir, ao mesmo tempo em que
ficava atenta a trama complexa do livro, que envolvia também as partes em
terceira-pessoa em que acompanhamos Nathaniel.
Por
fim, só posso dizer que foi uma leitura absolutamente deliciosa – nunca havia
visto algo parecido antes. São tantos elementos bons que o livro quase parece
imaginário. Personagens, trama, reviravoltas e uma narração de deixar todo
mundo acordado, e felizmente posso dizer que são poucos livros que podem
fornecer tais elementos.Posso dizer até que não achei defeito nenhum nesse
livro. Vale a pena comprar e ler, e
ainda ficar esperando por quando eles vão nos dar mais um pouquinho de
Bartimaeus para saciar nossa fome.
Nota: 5/5
Quote: “That
did it. I'd gone through a lot in the past few days. Everyone I met seemed to
want a piece of me: djinn, magicians, humans...it made no difference. I'd been
summoned, manhandled, shot at, captured, constricted, bossed about and
generally taken for granted. And now, to cap it all, this bloke is joining in
too, when all I'd been doing was quietly trying to kill him.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário