quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ender's Game (Ender's Saga, #1)


Nome:  Ender’s Game
Autor: Orson Scott Card
 Gênero:  Ficção Científica
Idioma: Inglês
Editora: Tor Books, 324 páginas
Saga:  Ender’s Saga, #1
Ano de Publicação: 1985


Sinopse:  In order to develop a secure defense against a hostile alien race's next attack, government agencies breed child geniuses and train them as soldiers. A brilliant young boy, Andrew "Ender" Wiggin lives with his kind but distant parents, his sadistic brother Peter, and the person he loves more than anyone else, his sister Valentine. Peter and Valentine were candidates for the soldier-training program but didn't make the cut—young Ender is the Wiggin drafted to the orbiting Battle School for rigorous military training.

Ender's skills make him a leader in school and respected in the Battle Room, where children play at mock battles in zero gravity. Yet growing up in an artificial community of young soldiers Ender suffers greatly from isolation, rivalry from his peers, pressure from the adult teachers, and an unsettling fear of the alien invaders. His psychological battles include loneliness, fear that he is becoming like the cruel brother he remembers, and fanning the flames of devotion to his beloved sister. 

Is Ender the general Earth needs? But Ender is not the only result of the genetic experiments. The war with the Buggers has been raging for a hundred years, and the quest for the perfect general has been underway for almost as long. Ender's two older siblings are every bit as unusual as he is, but in very different ways. Between the three of them lie the abilities to remake a world. If, that is, the world survives. 
Ender's Game is the winner of the 1985 Nebula Award for Best Novel and the 1986 Hugo Award for Best Novel.



Resenha:
                Comecei Ender’s Game por causa do filme que sairá em novembro  e com um pé atrás – havia ouvido falar tão mal do autor que acabei me sentindo forçada a ler o livro e criticá-lo mais do que o normal. Sabe como é. Porém, ao longo da leitura, deixar um pouco do preconceito de lado e separar o autor e a obra, seguindo em frente.
                E assim, inevitavelmente, consegui aproveitar o livro muito mais. O começo é estranho, e não obtemos um conceito muito bom do que está acontecendo. Mas eu adorei a história e o modo como ela é contada. Um dos meus elementos favoritos foram os diálogos no início de cada capítulo, introduzindo o tema. Os personagens são muito bons – particularmente Ender, personagem principal, e todas as suas motivações. Adorei o modo como fizeram e chegava a apertar meu coração quando o obrigavam a fazer algo de ruim. Ele é bem carismático e conseguimos nos identificar com ele através da leitura. Porém, em contraste com ele, todas as outras personagens ficam meio apagadas – mas mesmo assim, conseguimos vislumbrar quem são, o que sentem e tudo mais. Os irmãos de Ender, principalmente, são fascinantes e vê-los crescer ao longo da história foi muito bacana. E aquelas frustrações no meio da história quando todo mundo queria só ferrar com Ender? Argh, quase fiquei maluca! A trama em si não é muito complexa, mas algo divertido de seguir e você acaba lendo muito rápido.
                Outra coisa que completamente me tirou do sério foi o título do livro. Basicamente, o treinamento todo de Ender na Battle School se dá através de todos os tipos de jogos, então eu realmente não fiquei prestando atenção – somente quando cheguei no final e aquela virada da trama me pegou completamente de surpresa foi que notei. Sério, pessoal, é simplesmente brilhante. Minha outra parte favorita, é claro, são os jogos – principalmente as cenas de batalhas e estratégia dentro do campo de Gravidade Zero, que me deixaram superempolgada.
                Agora aos problemas... bem, para mim, o maior defeito de Ender’s Game foi a idade dos personagens. Ender entra na escola de Batalha com seis anos e sai de lá com doze. Eu sei que Ender é pra ser um supergênio e tal, mas achei que Card passou um pouco dos limites nesse ponto. Não consegui sentir a idade do Ender através das páginas, ele simplesmente parecia muito mais velho do que era pra ser. Entendo que era de propósito, mas o autor não conseguiu trabalhar num contraste entre a personalidade do adulto e da criança, ele simplesmente botou lá e deixou sem nenhuma outra explicação. Outra coisa que senti falta também foi o esquecimento com relação aos alienígenas – eram pra estar lutando uma megabatalha contra eles, mas cadê? Durante o livro todo, só temos um ou dois aprofundamentos nesse quesito, o que achei uma falha do autor. No geral, no entanto, não prejudicou o clima da história e a escrita fluida e rápida, que me fez terminar o livro em três dias.
                No geral, gostei muito do livro, e achei interessante como fã da ficção científica me adentrar no gênero de Military Science-Fiction. Apesar de uns absurdos óbvios, gostei muito da escrita, da história e dos personagens no geral, sendo uma leitura bem leve mas ao mesmo tempo cheia de viradas na trama que não te deixam largar o livro até você terminar.


                E agora, é claro, aproveitar pra deixar vocês com o trailer, e com um cast que está bombando. (Harrison Ford!!!!!!!! Bem Kingley!!!!! Viola Davis!!!! Asa Butterfield!!!!!! Hailee Steinfield!!!!!!!!!!!!!! I CAN’T OKAY)


Nota: 4/5


Quote: “There is no teacher but the enemy. No one but the enemy will tell you what the enemy is going to do. No one but the enemy will ever teach you how to destroy and conquer. Only the enemy shows you where you are weak. Only the enemy tells you where he is strong. And the rules of the game are what you can do to him and what you can stop him from doing to you. I am your enemy from now on. From now on I am your teacher.”

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Feita de Fumaça & Osso (Daughter of Smoke & Bone, #1)



Nome:  Feita de Fumaça & Osso
Autor: Laini Taylor
 Gênero:  Young Adult, Fantasia, Fantasia Urbana
Idioma:  Português
Editora: Intrínseca, 384 páginas
Título Original: Daughter of Smoke & Bone
Saga: Daughter of Smoke & Bone
Ano de Publicação: 2011

Sinopse:  Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu.
Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo.
E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo.
O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho.


Resenha:
                Comecei “Feita de Fumaça & Osso” com muitas expectativas e um pouco de preguiça. Muitas pessoas haviam me recomendado e dito que era maravilhoso, etc, etc e eu o comprei, mas simplesmente não conseguia parar para lê-lo. Deve ter ficado uns dois meses parado na minha estante, enquanto eu passava outro zilhões de livros na frente e não conseguia pegá-lo para ler.
                Então quando nas férias eu finalmente consegui sentar e ler... bem, foi uma surpresa e tanto. Feita de Fumaça & Osso começa o livro num ritmo rápido e de profundo mistério. É difícil entender a protagonista, Karou, porque parece que nunca estamos olhando verdadeiramente de frente para ela – tem alguma coisa escondida dentro de camadas e camadas da sua personalidade, e o modo como a autora a define é simplesmente brilhante. Eu amei Karou desde o começo, sabendo que ela era uma garota forte e determinada, e que gostava de encaminhar seu próprio destino. Os outros personagens são igualmente cativantes – as quimeras  da loja, e em especial Brimstone , e é claro, Akiva. A maneira como a história é contada simplesmente não te deixa largar o livro e ir embora, querendo entender e saber cada passo.
                A trama em si não é tão elaborada – provavelmente vai ficar melhor ao longo da série. O primeiro livro foca praticamente no descobrimento de Karou – do que é existir, como é amar, e a importância da esperança e dos seus entes queridos, e porque vale a pena lutar pelo que se acredita. Eu adorei o modo como isso foi feito, principalmente nas partes que retornam ao passado e a memórias esquecidas. A escrita de Laini flui com facilidade, e com alguns toques poéticos, não diferentes de Tahereh Mafi. Mesmo assim, as cenas são bem descritas, com detalhes e diálogos elaborados que não atrapalham nem um pouco na história. Pelo contrário, eles ajudam a manter a trama principal e as reviravoltas em segredo, fazendo-nos tentar adivinhar o que vai acontecer mas na maioria das vezes falhando miseravelmente nessa tarefa.
                A coisa que mais me atraiu no livro, no entanto, foi a mitologia criada e o cenário em geral. Laini não economiza no misticismo e cria um mundo cheio de criaturas mágicas e lendas. Passamos pelas ruas de Praga, cheia de fantasmas e histórias macabras, e passamos para o mundo dos demônios e anjos, em uma eterna briga para quem sairá vitorioso. Adorei as lendas envolvendo tanto os serafins quanto as quimeras, e o modo como foram criados – e como Laini relaciona isso também ao nosso próprio mundo, mostrando através dessas figuras lendárias o quanto os humanos também podem ser cruéis mas terem o potencial para o bem. Mas minha parte favorita definitivamente foi a coleta de dentes e a relação que a autora estabeleceu com os desejos – sempre temos que pagar muito caro por algo que desejamos. Achei incrível como a mistura de todos esses elementos não prejudicou nem um pouco o livro, e apenas o tornou mais exótico e brilhante.
                No geral, Feita de Fumaça e Osso é uma urban fantasy que não é exatamente inovadora, se não fosse pela maneira como a autora a coloca. Laini Taylor fez um ótimo trabalho em misturar elementos lendários, bíblicos e mitológicos, criando um mundo completamente novo e com características tão humanas que nos surpreendem a cada página. Definitivamente um must-read para os amantes do gênero fantástico de hoje.


Nota:  4.5/5

Quote: “Hope can be a powerful force. Maybe there's no actual magic in it, but when you know what you hope for most and hold it like a light within you, you can make things happen, almost like magic.”


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Angelfall (Penryn & The End of Days, #1)


Nome: Angelfall
Autor: Susan Ee
 Gênero: Distopia, Fantasia, YA   
Idioma: Inglês
Editora: Hodder & Stoughton, 325 páginas
Saga:  Penryn & The End of Days, #1
Ano de Publicação: 2011


Sinopse: It's been six weeks since angels of the apocalypse descended to demolish the modern world. Street gangs rule the day while fear and superstition rule the night. When warrior angels fly away with a helpless little girl, her seventeen-year-old sister Penryn will do anything to get her back.

Anything, including making a deal with an enemy angel.

Raffe is a warrior who lies broken and wingless on the street. After eons of fighting his own battles, he finds himself being rescued from a desperate situation by a half-starved teenage girl.

Traveling through a dark and twisted Northern California, they have only each other to rely on for survival. Together, they journey toward the angels' stronghold in San Francisco where she'll risk everything to rescue her sister and he'll put himself at the mercy of his greatest enemies for the chance to be made whole again.
 



Resenha:
                Comecei Angelfall com um pé atrás – e admito logo de cara, tenho um pouco de preconceitos com livros de anjos. Lembro-me bem da época que teve aquela modinha de tudo que é livro sobre anjos – anjos caídos, nephilim, anjos normais, anjos guerreiros, anjos da guarda, argh. Eu até me encolhia quando ia às livrarias, de tantas capas cheias de asas e afins. Anjos para mim era Supernatural e acabou. (Admito que é errado fazer isso, mas convenhamos que havíamos acabado de passar aquela horrível fase da literatura exclusivamente vampiresca, que Ai Meu Deus, dá até vontade de chorar. Nem me repreendo por ter mais essa implicância com modinha). Mas o que ocorreu, no final, foi uma agradável surpresa – Angelfall não era nada como nenhum dos outros livros de anjo que eu havia lido, com exceção talvez de “A Batalha do Apocalipse”.
                Angelfall, para começar, é uma distopia. O mundo foi invadido pelos anjos e os humanos se encontram numa luta para sobreviver, dia após dia. E é difícil. A história possui um ritmo rápido – nos primeiros três capítulos a trama principal já se estabelece, e daí passa para frente numa velocidade incrível. O livro é bem curtinho, e eu li em apenas dois dias. E posso dizer que ele não deixou de surpreender.
                Penryn, a personagem principal, é uma garota determinada, esperta e realmente bacana. Achei legal sua motivação, e ela é uma personagem bem real. Não está por aí querendo salvar o mundo nem nada – apenas sua irmã mais nova. Ela é uma personagem tranquila e agradável, e não daquelas que irritam e você tem vontade de chutar a cabeça para ver se algum parafuso lá dentro ainda funciona (Sim, tenho muitos problemas com heroínas). O que eu mais gostei na Penryn na verdade foi o fato de ela ser genuína. No entanto, não foi o suficiente para ela entrar para a minha lista de favoritas. Os outros personagens chamam muita atenção também – e a que mais me cativou foi a mãe da Penryn. Meu Deus. Susan Ee faz um trabalho assustador com a mãe da garota, e toda vez que ela aparecia eu sentia calafrios. Ela tem uma personalidade supercomplexa, e foi muito bacana ver um adulto participando da história também. E é claro, tem o Raffe – o anjo a quem Penryn une forças para conseguir resgatar sua irmã. Raffe é bem arrogante no começo, como todo anjo deve ser, mas aos poucos vai se desvendando ao longo do livro. É um personagem bem interessante, e que estou bem interessada em ver seu desenvolvimento. Quem Raffe é realmente é fácil de descobrir, principalmente quando ele diz o significado do seu nome. Para qualquer obcecado com significados de nomes, como eu, já estava bem na cara. Duh!
                A trama principal em si não é muito complexa – na verdade, o que mais chama atenção são as sub-tramas e as coisas que irão se desenrolar nos próximos livros. Adorei a realidade com que Susan trabalhou com os cenários e criou um mundo realista, e nada de glorificar humanos falando que conseguiríamos derrotar os invasores de primeira. Nada disso, a humanidade tem que apanhar muito primeiro. Outra coisa interessante é o propósito da invasão dos anjos, e o modo como a sua hierarquia e realidade são retratados. Achei muito interessante, principalmente o modo como ela mistura a mitologia dos anjos no meio da história. Novamente, se você for um entusiasta do assunto, vai curtir bastante essa nova maneira de coloca-los no mundo. Outra coisa que preciso adicionar – aquele final. Sim, aquele final. É um desses que você tem vontade de simplesmente sair correndo pela casa gritando e querendo botar fogo em si mesmo de tão bom. Há tantas coisas a serem resolvidas, mais tantas tramas e reviravoltas, foi simplesmente brilhante – apesar de eu ter adivinhado algumas partes, mesmo assim eu gostei de onde a trama está sendo levada.
                Enfim, há tantas coisas interessantes em Angelfall – a distopia em si, o mundo, o cenário, os personagens e a própria trama – que não há como não se entreter. Eu estou doida para ler a continuação e ver onde a história de Penryn vai acabar.


Nota: 4/5


Quote: “I never thought about it before, but I'm proud to be human. We're ever so flawed. We're frail, confused, violent, and we struggle with so many issues. But all in all, I'm proud to be a Daughter of Man.” 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Gone (Gone, #1)


Nome: Gone
Autor: Michael Grant
 Gênero: Ação, Ficção, Young Adult
Idioma:  Português, "Gone - O Mundo Termina Aqui". Galera Record, 518 páginas
Título Original: Gone
Saga: Gone
Ano de Publicação: 2008

Sinopse:  Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes e crianças. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais. Não há como descobrir o que aconteceu, nem como conseguir ajuda. Os animais estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo novos talentos - poderes inimagináveis, perigosos, mortais -, que ficam mais evidentes a cada dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado e a guerra é inevitável.


Resenha:
Fora essa retitulação, que não tem nada a ver (sério, tradução? O mundo termina aqui? Quantos filmes de ficção científica thrash vocês andam assistindo?), o livro é, no mínimo, tudo de bom. 
Gone é um daqueles livros que começa meio no nada. Você está no primeiro capítulo e não faz nem ideia do que está acontecendo, porque está ali, etc – e no começo, nem o autor faz questão de explicar. Porque o livro começa com uma cena chocante – o professor de história desaparecendo no meio do nada. (Nem todos conseguimos esse milagre, infelizmente). Na sala de aula, ninguém está entendendo. Até que chega outra menina e diz que seu professor também sumiu. Poof, no meio do nada. O mais surpreendente de tudo? Sim, todos os adultos – e adolescentes acima de quinze anos – sumiram dessa face da terra. Só crianças.
Se eu comecei a ler o livro só porque vi isso? Imagine. Nem sou tão empolgada com crianças governando o mundo.
Fugindo dos “clichês” distópicos, aqueles que os humanos destruíram os recursos naturais, há doenças e uma nova sociedade ressurge, Gone surpreende justamente porque o seu mundo distópico é inusitado. E é nesse mundo – mais tarde, denominado de FAYZ (Fallout Alley Youth Zone) que as crianças têm que aprender a viver. Como se não bastasse só isso – crianças fora do controle, bullys fazendo a festa, cookies para todos os lados – há algo de ainda mais estranho nessa zona sem adultos. Há uma barreira que cobre, por vinte milhas, um diâmetro, centrado em nada menos do que uma Usina Nuclear. Se a história tem muito a ver com mutações? Posso garantir que sim, já que começam a aparecer crianças que podem fazer um pouco mais do que os outros. E quando digo isso, me refiro sim, ao (spoiler básico!) de superpoderes.  Em minha opinião, Gone não podia ficar mais legal.
Mas espere, por que o livro fica ainda mais louco – já imaginou a organização de uma sociedade onde só vivem as crianças, ninguém quer trabalhar e tudo mais? Certo, totalmente caótica, e as conseqüências são imprevisíveis. E é isso que Sam – o personagem principal da nossa história – tem que enfrentar em sua pacata e pequena cidade, Praia Perdido. A narração não deixa você piscar, os personagens são interessantes – e você fica quase tão implicado com a questão de como aquele mundo surgiu quanto os próprios personagens. O livro praticamente te prende entre as páginas, e apesar de ter mais do que 400, acabei lendo em apenas uma tarde. Ele foi escrito realmente para adolescentes e crianças, então não vá esperando uma linguagem complexa nem nada do gênero. O livro é fácil de ler, de entender e ainda possui uma trama impecável, com muitos mistérios e que rendem muito mais do que eu praticamente comer todas as minhas unhas de tão nervosa que ficava. E ainda consegue meter um pouco de medo só com as palavras – e nem vou mencionar a Escuridão.
Enfim, só posso dizer que valeu cada centavo – e muito mais.

Nota: 5/5


Quote:  Welcome to Perdido beach, where our motto is: Radiation, what radiation?

domingo, 25 de agosto de 2013

Good Omens


Nome: Good Omens
Autor: Neil Gaiman, Terry Pratchett
Gênero: Ficção
Idioma: inglês
Ano de Publicação: 1990

Sinopse:
De acordo com as “Precisas e Acuradas profecias de Agnes Nutter, Bruxa”(o único livro de profecias totalmente correto do mundo, escrito em 1655,antes da autora explodir), o mundo acabará em um sábado. No próximo sábado, para falar a verdade. Um pouco antes da janta.
Os exércitos do Bem e do Mal estão se formando, Atlantis se erguendo, sapos caindo co céu, e a calma se esgotando. Tudo parece estar indo de acordo com o Plano Divino. Exceto por um anjo um pouco nervoso e um demônio que gosta de luxo – ambos que viveram na face da Terra com os mortais desde A Criação, e têm gostado do estilo de vida – e não estão gostando nem um pouco desta quebra.
E alguém parece ter colocado o Anticristo no lugar errado…
O Apocalipse nunca foi tão engraçado.



Resenha:
Você nunca ouviu falar de Neil Gaiman? O que está fazendo ainda no Planeta Terra?
Então vou explicar: Neil é um autor britânico que escreveu Sandman, Coraline, Stardust… agora está lembrado? E Terry foi quem escreveu a grande série Discworld, da qual não sou muito fã, mas enfim. Os dois, um belo dia, ligaram um para o outro e disseram “oi! Que tal fazermos um livro sobre o fim do mundo?”, e foi assim que Good Omens surgiu.Exatamente, do nada.
E para um livro tão bom, isso é surpreendente – ou talvez não, considerando quem são os autores. O livro começa com Eva e Adão sendo expulsos do paraíso, e duas pessoas conversando – nesse caso, os protagonistas da história, o demônio Crowley e o anjo Aziraphale. Através dos milênios, essa certa amizade entre os dois se conserva, e quando os sinais do Apocalipse começam a se mostrar… bom, os dois ficam preocupados. Afinal de contas, os humanos são divertidos demais para morrerem todos de uma vez só.
O livro – além de muitos elementos fantásticos – possui um sarcasmo inerente, e a cada linha a sua única reação é querer rir até não poder mais. A confusão do cão infernal, ao ser simplesmente nomeado de “Cão”, Anathema Device – bruxa e descendente de Agnes, que acredita cegamente nas profecias. Sem mencionar que no meio desta confusão, está Adam Young – o anticristo, que foi parar na família errada, e foi criado errôneamente como qualquer ser humano normal, devido à falha de uma das freiras satânicas que estavam responsáveis pela troca de bebês. Ainda não quis ler? Então aguarde a chegada dos quatro cavaleiros do Apocalipse, a Morte, Guerra, Fome e Poluição – a Peste acabou tendo que se aposentar um pouco mais cedo, infelizmente. Sem falar nos outros motoqueiros (sim, os cavaleiros todos pertencem ao clube de motociclistas Hell’s Angels), os “novos” cavaleiros do Apocalipse, que nomearam-se devido a coisas que todo mundo odeia – estrangeiros, coisas-que-não-funcionam-mesmo-depois-que-você-bateu-nelas, caminhão-de-peixe e esse tipo de coisa. O livro me fez dar altas risadas, refletir sobre várias coisas – tanto religiosas como antropológicas – e ainda por cima querer ler de novo e de novo. E ser você é fã de Supernatural, vale a pena ler, já que o seriado tem pelo menos um zilhão de referências ao livro.
Com um humor inglês extremamente divertido, reviravoltas e trapalhadas de tanto anjos como demônios, Good Omens é um livro para guardar na estante para sempre, emprestar para todos os amigos, e até deixar cair a cópia na banheira. E ainda vem com o bônus de escolher se você quer a capa do Aziraphale ou do Crowley – de longe, alguns dos melhores personagens da ficção de todos os tempos.
Ficção? E quem disse que o apocalipse realmente não vai acontecer no sábado que vem?


Nota: 5/5

Quote:”All tapes left in a car for more than about a fortnight metamorphose into Best of Queen albums.”

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Cidade dos Ossos (Os Instrumentos Mortais #1)


Nome: Cidade dos Ossos
Autor: Cassandra Clare
Gênero: Aventura, Fantasia, Young Adult
Idioma: Português
Título Original: City Of Bones
Ano de Publicação: 2007
Páginas: 459. Lido em 10 dias (mas dá pra ler em 2!).

Sinopse: Quando a garota de 15 anos Clary Fray se dirige ao clube Pandemônio na cidade de Nova York, ela não espera testemunhar um assassinato – muito menos um cometido por três adolescentes cobertos de tatuagens e brandindo armas bizarras. E aí o corpo desaparece no ar. É difíciI chamar a polícia quando os assassinos são invisíveis para todas as outras pessoas e não há nada – nem mesmo uma mancha de sangue – para provar que o garoto morrera. 
Este é o primeiro encontro de Clary com os Caçadores de Sombras, guerreiros dedicados a livrar a Terra dos demônios. Também é seu primeiro encontro com Jace, um Caçador de Sombras que se parece um pouco com um anjo e age muito como um idiota. Em vinte e quarto horas Clary é puxada para o mundo de Jace por uma vingança, quando sua mãe desaparece e ela mesma é atacada por um demônio. Mas por que demônios estariam interessados em mundanos comuns como Clary e sua mãe? E como Clary de repente possui a Visão? Os Caçadores de Sombras gostariam de saber…


Resenha: 
      Pra mim, Cidade dos Ossos já começou abalando. Não sabia exatamente o que esperar, mas logo no primeiro capítulo você já se depara com um assassinato a sangue frio, no meio de uma boate, cometido por caras suspeitos vestidos de preto e que carregam armas pesadas por aí. E como se não bastasse, nossa heroína, Clary, é a única que consegue ver o que aconteceu. Difícil não se empolgar desde o começo! O livro é assim do início ao fim, num ritmo intenso e eletrizante, cheio de perseguições, lutas com demônios, vampiros, lobisomens, mais demônios e por aí vai – chegando até mesmo nos feiticeiros e nas fadas.
Pode até parecer que a mistura de todos esses elementos fantásticos num livro só ficaria meio exagerado, mas não. Na minha opinião, a autora conseguiu equilibrar perfeitamente todas as nossas criaturas favoritas em torno de um mundo muito bem construído e simplesmente maravilhoso. E quanto mais a história acontece, mais envolvido você fica, querendo saber cada vez mais rápido o que vai acontecer. Ainda mais porque a vida de Clary está extremamente ligada a esse mundo das sombras e ao longo do livro ela vai desvendando a trama de segredos e intrigas – principalmente familiares (pra quem adora um bom barraco, como eu) - que o escondia dela.
       O que ajuda o livro a ficar muito bom, é a escrita da autora. Não é daquele jeito intrincado, cheio de palavras e expressões difíceis, mas também não é bobinha e nem deixa é desejar. Tá bem ali, no meio termo, na medida certa. Ela diz tudo que precisa dizer, mas sem enrolação. O que torna a leitura bem agradável e rápida. Joinha pra dona Cassandra!
       Além de tudo isso, os personagens são muito bem construídos. Todos eles. Até mesmo nos secundários dá pra perceber a personalidade bem definida, eles não estão ali só pra fazer número. E isso é um dos pontos extremamente positivos de todo o livro: não tem encheção de linguiça. Tudo que está lá tem importância. Enfim, a personagem principal, Clary Fray é bem normalzinha. Como o próprio adjetivo diz, ela é a personagem principal. Não é totalmente sem graça e insegura, mas também não é a badass que sai arrasando por aí. Ok, Clary, you’re just fine. O livro é contado na maior parte do ponto de vista dela. Temos também o Simon, que é o melhor amigo de Clary. Sou particularmente apaixonada por ele! É aquele nerdzinho fofinho, que está sempre ali do seu lado, alegrando o seu dia – afinal ele é engraçado demais! Morria de rir com ele. Luke, o melhor amigo da mãe da Clary, também foi um dos meus favoritos, justamente pelo mistério construído em cima dele – sim, fiquem curiosos e leiam! Temos ainda os Shadowhunters: Jace, Alec e Isabelle. O Jace é o galã da série, aquele para quem todas as meninas olham, o convencido e extremamente sarcástico garoto dos sonhos. Izzy é a única garota do trio e, ela sim, é a badass. Extremamente linda, perfeita, dona de si, poderosa, enfim, são tantos adjetivos pra caracterizar a Izzy que não dá pra pôr aqui. Alec é o parceiro de Jace – parabatai, como eles chamam no livro – e irmão da Izzy. Ele também é um dos meus favoritos, porque desde o começo ele tem um super atrito com a Clary – ou seja, ele é mocinho, mas é o bad guy ao mesmo tempo. Ai, e tem tantos outros: Magnus (o feiticeiro purpurinado do Brooklin), Hodge, Jocelyn... Já até me perdi falando aqui de todos eles!
     Mas o ponto alto é o Valentim. Isso mesmo, o vilão. Tudo bem, eu tenho uma queda pelos vilões, mas esse é realmente ótimo! Ele pode até querer conquistar o mundo, mas não é louco como a maioria dos vilões por aí. Muito pelo contrário ele é super centrado e praticamente consegue convencer qualquer um a fazer o que ele quer. Sem precisar de força bruta. Fora o fato de que é extremamente inteligente e ardiloso, o que faz a trama ficar ainda melhor!
       Concluindo, Cidade dos Ossos é um livro que vale muito a pena ter na prateleira de casa. A trama é ótima, os personagens são ótimos e ainda é cheio das reviravoltas. Uma mistura perfeita de aventura, suspense, ação, e romance e com um final de tirar o fôlego. Daqueles em que você tem uma vontade incontrolável de levantar e gritar pros céus um “POR QUE MEU DEUS???”, além de sair correndo procurando pelo próximo volume da série.

Nota: 4.5/5

Quotes:

“Have you fallen in love with the wrong person yet?”

Jace said, "Unfortunately, Lady of the Haven, my one true love remains myself."
"At least," she said, "you don't have to worry about rejection, Jace Wayland."
"Not necessarily. I turn myself down occasionally, just to keep it interesting.” 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Liberta-Me (Estilhaça-me, #2)



Nome:  Liberta-me
Autor:  Tahereh Mafi
 Gênero:  Young Adult
Idioma:  Português
Título Original: Unravel Me
Saga:  Estilhaça-me
Ano de Publicação: 2013

Sinopse:  Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.


Resenha:
Tem uma razão, e uma razão somente pela qual eu comecei a ler esse livro, e é a escrita de Tahereh. Quando li Estilhaça-me, confesso que não gostei. Achei os personagens bobos e a história, no geral, bem previsível. Tem toda a história de ninguém poder tocar na pele de Juliette e tudo mais, mas pra quem cresceu assistindo X-Men como eu sabe que esse conflito não é nada novo, e para mim, Juliette pareceu uma versão mais chatinha da Vampira. Inocente, boba e completamente apática. Mesmo levando em consideração todo o background da história, eu não gostei no geral. O que me fez continuar foi realmente a narração brilhante de Tahereh, e o jeito como ela passa os sentimentos no papel e parece que faz mágica. Nada mais, é simplesmente mágica.
Então quando comecei a ler Liberta-me, esperava aproveitar a escrita de Tahereh mas ao mesmo tempo continuar com aquela história previsível e personagens sem-graça.
Momento para: TAPA NA CARA DA LAURA.
É isso mesmo, Liberta-me foi absolutamente surpreendente! O começo continua parado, mas depois que finalmente a história começa a se desenrolar, só tenho uma explicação: meu Deus. A trama se complica, os personagens se tornam multifacetados, e apesar da Juliette ainda estar com um pouco de frescura no começo, a garota também evolui. Graças a Deus, porque do começo do primeiro livro achei que faltava atitude na Juliette, ela não deixando de ser mais uma... – argh, vou confessar, mais uma Bella Swan. Porém, com esse segundo livro consegui enxergar os motivos dela e até entende-la melhor. Chega de ficar parada por aí, dessa vez Juliette veio para arrasar! A única coisa que ainda me irrita um pouquinho é o constante fato de todo mundo estar apaixonado por ela e falando que ela é linda e tudo mais, mas nunca vemos o porquê dela ser linda. Só falam que ela é gostosa o tempo todo mas nunca mostra de verdade, como é a aparência dela, nem nada. Eu não sinto a vibe de lindeza da Juliette. O único ponto que sinto perdido dentro da trama e dos personagens se aprofundando – falta trabalhar um pouco nessa caracterização.
           Admito que não vi metade das reviravoltas da trama, e adorei como tudo foi trabalhado – foi fantástico, simplesmente. Não dava nem para acreditar que estávamos falando da mesma saga e da mesma autora. O melhor, contudo, pra mim foi o avanço na personalidade do Warner. No começo eu só o via como um psicopata doente doido sem motivos e com esse livro, comecei a ver mais motivos para seu comportamento e até estou pensando em dar uma chance a ela. Não que ele não continue sendo meio maluco.
Enfim, a melhora em tudo nesse segundo livro é evidente – a trama se desenvolve de uma maneira brilhante, os personagens ganham mais atenção e profundidade, o ritmo nos prende até a última folha e não nos deixa nem respirar e aquele final... Uau, Tahereh, acho que você ganhou em mim uma fã de verdade.

Nota:  4.5/5


Quote: “Hope.
It's like a drop of honey, a field of tulips blooming in the springtime. It's a fresh rain, a whispered promise, a cloudless sky, the perfect punctuation mark at the end of a sentence. And it's the only thing in the world keeping me afloat.” 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Something Strange & Deadly (Something Strange and Deadly, #1)



Nome:  Something Strange & Deadly (Something Strange and Deadly, #1)
Autor: Susan Dennard
 Gênero:  Steampunk, Gothic, Young-adult
Idioma:  Inglês
Ano de Publicação: 2012

Sinopse:  The year is 1876, and there’s something strange and deadly loose in Philadelphia…
Eleanor Fitt has a lot to worry about. Her brother has gone missing, her family has fallen on hard times, and her mother is determined to marry her off to any rich young man who walks by. But this is nothing compared to what she’s just read in the newspaper—
The Dead are rising in Philadelphia.
And then, in a frightening attack, a zombie delivers a letter to Eleanor…from her brother.
Whoever is controlling the Dead army has taken her brother as well. If Eleanor is going to find him, she’ll have to venture into the lab of the notorious Spirit-Hunters, who protect the city from supernatural forces. But as Eleanor spends more time with the Spirit-Hunters, including their maddeningly stubborn yet handsome inventor, Daniel, the situation becomes dire. And now, not only is her reputation on the line, but her very life may hang in the balance.


Resenha:
Admito que comecei esse livro com uma vontade enorme de gostar dele, simplesmente pelo fato de ser escrito pela Susan. Ela é um amor, gente – inclusive, minha cópia em ebook  só tenho porque ela me deu. Enfim, conheci o blog e o site da Susan através da épica Sarah J Maas – que escreveu Throne of Glass – e absolutamente me apaixonei. Ela tem dicas ótimas para escritores, de leitura, etc. O único probleminha, porém, foi quando eu vi a sinopse: zumbis.
Sim, zumbis, meu caro leitor. Eu detesto zumbis, vou falar com sinceridade. Não sou fã de nada escrito ou feito sobre eles, etc etc. É um preconceito meio bobo, mas aí está. Então quando vi a sinopse acabei ficando com uma preguiça GIGANTESCA de começar. Não conseguia nem me forçar a ler.
Enfim, as circunstâncias foram passando e eu com o ebook até o dia que finalmente resolvi para sentar e ler – como diz minha mãe, “resolver minha situação”. Um livro não lido é situação gravíssima. E deixa eu contar: consegui superar todos os zumbis, porque esse livro é absolutamente adorável.
Sabe aqueles livros que na hora você não dá muito crédito nem nada, mas depois fica pensando por semanas e semanas, e adorando os personagens, e fazendo tudo? Something Strange & Deadly é exatamente assim.
A trama não deixa a desejar – tem horas que é realmente assustador, e eu não recomendo ler de noite quando se tem medo de fantasmas – e envolve muitas reviravoltas. Os personagens são todos muito bem construídos e entretém bastante, e a história é basicamente construída ao redor deles. A única coisa que senti falta na verdade é um vilão um pouco mais marcante – durante o percurso do livro, ele fica praticamente invisível. Mas o mundo dos Spirit-Hunters que Susan criou é absolutamente perfeito. Ele mistura magia a máquinas, numa alternativa gótica e steampunk – coisa que vemos pouco nos livros de YA – de uma maneira suave, e bem acreditável. Fora o fato, é claro, de ser um livro que se passa em 1880, com direito a descrição de costumes, vestidos, bailes, etc. Susan faz uma combinação perfeita entre história e fantasia, e é maravilhoso poder ver isso.
Por último, dedico o último parágrafo à protagonista do livro e da saga – Eleanor. Ah, Eleanor. Meu novo amor por você pode ser recente, mas com certeza ainda durará por muitos anos. Eleanor é o tipo de protagonista que pode ser considerada fraca – fisicamente, isto é. Eleanor não sai por aí batendo em ninguém, e de um modo, eu senti falta de heroínas assim. Ela é inteligente, decidida e muito, muito boa. Ela é simplesmente aquele tipo de pessoa com quem você se dá bem logo de cara – e uma com quem você pode se relacionar completamente. Entendemos todas as decisões de Eleanor, e eu adorei que ela coloca a família acima de todas as outras coisas, inclusive o amor. Eleanor é uma garota que apesar de só ter dezesseis anos, é mais sábia do que muita gente por aí.
O que posso dizer é que o meu amor por SS&D só cresce a cada semana, e eu não consigo de modo algum parar de pensar no próximo livro, que vai se passar em Paris.  *suspiro*

Nota:  4.5/5



Quote: “Miss Fitt, you know curiosity gets men killed."
I grinned. "Then I daresay it's good I'm a woman.” 

Renascença (Assassin's Creed, #1)


Nome: Assassin’s Creed - Renascença
Autor: Oliver Bowden
Gênero: Aventura, Game, Histórico
Idioma: Traduzido para o português
Título Original: Assassins’s Creed: Renaissance
Ano de Publicação: 2009

Sinopse: Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.


Resenha:
Renascença, na verdade, me causou uma grande... decepção. Oliver Bowden narra bem a história – mas esse pode ser o exato problema. O livro se mantém completamente fiel ao jogo, o que inclui, muitas vezes, narrar cada gesto ou cada prédio que o Ezio escala. Quero dizer, se eu quisesse ter esse tipo de descrição, jogaria o videogame – que na verdade gosto muito,  um dos meus preferidos. Até as missões menores, como “entregar a carta para fulana e falar com o ciclano” Bowden inclui! Ninguém quer saber disso, já que não tem relevância alguma para a história que está contando.
O plot é muito bom e o livro é bem escrito – e enquanto esperava que o livro trouxesse tantas emoções quanto o videogame (ou até focasse um pouco mais na história pessoal de Ezio), o que na verdade acontece é que o livro fica extremamente parado, com pouquíssimas cenas de ação ou alguma que te cause certa emoção (Spoiler! Como a cena em que o pai e os irmãos são enforcados, por exemplo. FIM DO SPOILER), mas... absolutamente nada, nem um pingo de adrenalina ou emoções fortes. Renascença é um livro que acaba se arrastando por meio das páginas, mal prende o leitor e ainda por cima não consegue focar totalmente no motivo por qual a Organização dos Assassinos foi Criada, ou até porque parar os Templários era tão importante – que vamos e convenhamos, é uma das partes mais interessantes. Uma das poucas coisas que salva a história, em minha opinião, são as aparições da “Raposa” e do famoso pintor, inventor, faz-tudo Leonardo da Vinci – um dos poucos personagens interessantes cuja essência é mais realística.
Ainda contando que Oliver Bowden é, na verdade, pseudônimo de um famoso escritor de romances que se passam no período da Renascença – e mesmo assim, a adaptação de Assassin’s Creed não foi o seu maior sucesso. A conclusão em que cheguei foi: se você gosta de Assassin’s Creed, como eu, volte para seu PlayStation e poupe seu tempo.

Nota: 1/5

Quote: “Self expression is a vital part of understanding life, and enjoying it to the full”


O Labirinto dos Ossos (39 Clues, #1)


Nome:  Labirinto dos Ossos
Autor: Rick Riordan
 Gênero: Infantil, Aventura.
Idioma: Português
Título Original:  The Maze of Bones
Saga: The 39 Clues, #1
Ano de Publicação: 2010


Sinopse: Imagine se você descobrisse que faz parte de uma família de personalidades que mudaram a História. E imagine se, no minuto seguinte, você tivesse que escolher entre herdar um milhão de dólares ou a primeira de 39 pistas para encontrar o maior tesouro do mundo. Essa é a decisão que os órfãos Amy e Dan Cahill devem tomar em apenas cinco minutos.
Os irmãos queimam seus cheques e se lançam na busca das 39 pistas. O que eles nem imaginam é que seus maiores inimigos serão os próprios Cahill, uma família dividida em clãs e capazes de qualquer trapaça para chegar ao tesouro.


Resenha:
Bom, só peguei o Labirinto dos ossos, para falar a verdade, porque estava jogado em um canto da casa da minha vó. Eu estava entediada e sem nada para ler, então achei que iria dar uma boa distraída. Nem preciso falar que me apaixonei, logo de amor a primeira vista.
Todo mundo já conhece o estilo do Tio Rick, e eu vou evitar mencioná-lo de novo para não ficar muito repetitivo. Então, em resumo, direi por que adorei a história.
Primeiro, porque amo esse tipo de história meio infantil, com um apelo para a família. Amy e Dan podem não ser os irmãos perfeitos, mas quem não queria ser irmão deles também? De um modo, acham um jeito prefeito de conviver – e o relacionamento deles é uma das melhores partes do livro. Segundo, caça ao tesouro. Ao redor do mundo. Com direito a países exóticos, vivitas a museus estranhos e História direto na sua veia. Nada mais a dizer. Terceiro, aventuras e mais aventuras! Quem não adorou as Catacumbas de Paris? Fiquei tão implicada com o livro que quando minha mãe finalmente levou eu e minha irmã para viajar na Europa, nós duas absolutamente recusamos a ir embora sem antes ir nas catacumbas (comprei um chaveiro bem legal lá, ainda por cima). Quarto, Nellie – a nova Mary Poppins a au pair um pouco menos do que perfeita. E é claro que vou mencionar outro de meus personagens preferidos, o Tio Alistair.
O livro é bem pequenino, e a leitura é rápida – mas se você gosta de história e de lugares, é perfeito. As descrições são ótimas, a trama prende e faz você virar cada página, alguns personagens fazem você corroer de ódio... E ainda descobri um monte de coisas sobre Benjamin Franklin (tipo um ensaio que ele fez sobre os diferentes tipos de flatulência. Isso mesmo, PUM).  Enfim, um livro que vale realmente a pena ler. Principalmente se você lá no fundo, sabe que é um Cahill.

Nota:  5/5



Quote: “My dear children!"
Nellie whopped him upside the head with her backpack.
"Ow!" Uncle Alistair curled over, cupping his hand over his good eye.
"Nellie!" Amy said.
"Sorry," Nellie muttered. "I thought he was one of the bad guys.”