quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Liberta-Me (Estilhaça-me, #2)



Nome:  Liberta-me
Autor:  Tahereh Mafi
 Gênero:  Young Adult
Idioma:  Português
Título Original: Unravel Me
Saga:  Estilhaça-me
Ano de Publicação: 2013

Sinopse:  Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.


Resenha:
Tem uma razão, e uma razão somente pela qual eu comecei a ler esse livro, e é a escrita de Tahereh. Quando li Estilhaça-me, confesso que não gostei. Achei os personagens bobos e a história, no geral, bem previsível. Tem toda a história de ninguém poder tocar na pele de Juliette e tudo mais, mas pra quem cresceu assistindo X-Men como eu sabe que esse conflito não é nada novo, e para mim, Juliette pareceu uma versão mais chatinha da Vampira. Inocente, boba e completamente apática. Mesmo levando em consideração todo o background da história, eu não gostei no geral. O que me fez continuar foi realmente a narração brilhante de Tahereh, e o jeito como ela passa os sentimentos no papel e parece que faz mágica. Nada mais, é simplesmente mágica.
Então quando comecei a ler Liberta-me, esperava aproveitar a escrita de Tahereh mas ao mesmo tempo continuar com aquela história previsível e personagens sem-graça.
Momento para: TAPA NA CARA DA LAURA.
É isso mesmo, Liberta-me foi absolutamente surpreendente! O começo continua parado, mas depois que finalmente a história começa a se desenrolar, só tenho uma explicação: meu Deus. A trama se complica, os personagens se tornam multifacetados, e apesar da Juliette ainda estar com um pouco de frescura no começo, a garota também evolui. Graças a Deus, porque do começo do primeiro livro achei que faltava atitude na Juliette, ela não deixando de ser mais uma... – argh, vou confessar, mais uma Bella Swan. Porém, com esse segundo livro consegui enxergar os motivos dela e até entende-la melhor. Chega de ficar parada por aí, dessa vez Juliette veio para arrasar! A única coisa que ainda me irrita um pouquinho é o constante fato de todo mundo estar apaixonado por ela e falando que ela é linda e tudo mais, mas nunca vemos o porquê dela ser linda. Só falam que ela é gostosa o tempo todo mas nunca mostra de verdade, como é a aparência dela, nem nada. Eu não sinto a vibe de lindeza da Juliette. O único ponto que sinto perdido dentro da trama e dos personagens se aprofundando – falta trabalhar um pouco nessa caracterização.
           Admito que não vi metade das reviravoltas da trama, e adorei como tudo foi trabalhado – foi fantástico, simplesmente. Não dava nem para acreditar que estávamos falando da mesma saga e da mesma autora. O melhor, contudo, pra mim foi o avanço na personalidade do Warner. No começo eu só o via como um psicopata doente doido sem motivos e com esse livro, comecei a ver mais motivos para seu comportamento e até estou pensando em dar uma chance a ela. Não que ele não continue sendo meio maluco.
Enfim, a melhora em tudo nesse segundo livro é evidente – a trama se desenvolve de uma maneira brilhante, os personagens ganham mais atenção e profundidade, o ritmo nos prende até a última folha e não nos deixa nem respirar e aquele final... Uau, Tahereh, acho que você ganhou em mim uma fã de verdade.

Nota:  4.5/5


Quote: “Hope.
It's like a drop of honey, a field of tulips blooming in the springtime. It's a fresh rain, a whispered promise, a cloudless sky, the perfect punctuation mark at the end of a sentence. And it's the only thing in the world keeping me afloat.” 

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