segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Gone (Gone, #1)


Nome: Gone
Autor: Michael Grant
 Gênero: Ação, Ficção, Young Adult
Idioma:  Português, "Gone - O Mundo Termina Aqui". Galera Record, 518 páginas
Título Original: Gone
Saga: Gone
Ano de Publicação: 2008

Sinopse:  Em um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes e crianças. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais. Não há como descobrir o que aconteceu, nem como conseguir ajuda. Os animais estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo novos talentos - poderes inimagináveis, perigosos, mortais -, que ficam mais evidentes a cada dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado e a guerra é inevitável.


Resenha:
Fora essa retitulação, que não tem nada a ver (sério, tradução? O mundo termina aqui? Quantos filmes de ficção científica thrash vocês andam assistindo?), o livro é, no mínimo, tudo de bom. 
Gone é um daqueles livros que começa meio no nada. Você está no primeiro capítulo e não faz nem ideia do que está acontecendo, porque está ali, etc – e no começo, nem o autor faz questão de explicar. Porque o livro começa com uma cena chocante – o professor de história desaparecendo no meio do nada. (Nem todos conseguimos esse milagre, infelizmente). Na sala de aula, ninguém está entendendo. Até que chega outra menina e diz que seu professor também sumiu. Poof, no meio do nada. O mais surpreendente de tudo? Sim, todos os adultos – e adolescentes acima de quinze anos – sumiram dessa face da terra. Só crianças.
Se eu comecei a ler o livro só porque vi isso? Imagine. Nem sou tão empolgada com crianças governando o mundo.
Fugindo dos “clichês” distópicos, aqueles que os humanos destruíram os recursos naturais, há doenças e uma nova sociedade ressurge, Gone surpreende justamente porque o seu mundo distópico é inusitado. E é nesse mundo – mais tarde, denominado de FAYZ (Fallout Alley Youth Zone) que as crianças têm que aprender a viver. Como se não bastasse só isso – crianças fora do controle, bullys fazendo a festa, cookies para todos os lados – há algo de ainda mais estranho nessa zona sem adultos. Há uma barreira que cobre, por vinte milhas, um diâmetro, centrado em nada menos do que uma Usina Nuclear. Se a história tem muito a ver com mutações? Posso garantir que sim, já que começam a aparecer crianças que podem fazer um pouco mais do que os outros. E quando digo isso, me refiro sim, ao (spoiler básico!) de superpoderes.  Em minha opinião, Gone não podia ficar mais legal.
Mas espere, por que o livro fica ainda mais louco – já imaginou a organização de uma sociedade onde só vivem as crianças, ninguém quer trabalhar e tudo mais? Certo, totalmente caótica, e as conseqüências são imprevisíveis. E é isso que Sam – o personagem principal da nossa história – tem que enfrentar em sua pacata e pequena cidade, Praia Perdido. A narração não deixa você piscar, os personagens são interessantes – e você fica quase tão implicado com a questão de como aquele mundo surgiu quanto os próprios personagens. O livro praticamente te prende entre as páginas, e apesar de ter mais do que 400, acabei lendo em apenas uma tarde. Ele foi escrito realmente para adolescentes e crianças, então não vá esperando uma linguagem complexa nem nada do gênero. O livro é fácil de ler, de entender e ainda possui uma trama impecável, com muitos mistérios e que rendem muito mais do que eu praticamente comer todas as minhas unhas de tão nervosa que ficava. E ainda consegue meter um pouco de medo só com as palavras – e nem vou mencionar a Escuridão.
Enfim, só posso dizer que valeu cada centavo – e muito mais.

Nota: 5/5


Quote:  Welcome to Perdido beach, where our motto is: Radiation, what radiation?

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