Nome: Gone
Autor: Michael Grant
Gênero: Ação, Ficção,
Young Adult
Idioma: Português, "Gone - O Mundo Termina Aqui". Galera Record, 518 páginas
Título Original: Gone
Saga: Gone
Ano de Publicação: 2008
Sinopse: Em um piscar
de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam adolescentes e
crianças. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais.
Não há como descobrir o que aconteceu, nem como conseguir ajuda. Os animais
estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo
novos talentos - poderes inimagináveis, perigosos, mortais -, que ficam mais
evidentes a cada dia. É um mundo novo e assustador. É preciso escolher um lado
e a guerra é inevitável.
Resenha:
Fora essa retitulação, que não tem nada a ver (sério,
tradução? O mundo termina aqui? Quantos filmes de ficção científica thrash
vocês andam assistindo?), o livro é, no mínimo, tudo de bom.
Gone é um daqueles livros que começa meio no nada. Você está
no primeiro capítulo e não faz nem ideia do que está acontecendo, porque está
ali, etc – e no começo, nem o autor faz questão de explicar. Porque o livro
começa com uma cena chocante – o professor de história desaparecendo no meio do
nada. (Nem todos conseguimos esse milagre, infelizmente). Na sala de aula,
ninguém está entendendo. Até que chega outra menina e diz que seu professor
também sumiu. Poof, no meio do nada. O mais surpreendente de tudo? Sim, todos
os adultos – e adolescentes acima de quinze anos – sumiram dessa face da terra.
Só crianças.
Se eu comecei a ler o livro só porque vi isso? Imagine. Nem
sou tão empolgada com crianças governando o mundo.
Fugindo dos “clichês” distópicos, aqueles que os humanos
destruíram os recursos naturais, há doenças e uma nova sociedade ressurge, Gone
surpreende justamente porque o seu mundo distópico é inusitado. E é nesse mundo
– mais tarde, denominado de FAYZ (Fallout Alley Youth Zone) que as crianças têm
que aprender a viver. Como se não bastasse só isso – crianças fora do controle,
bullys fazendo a festa, cookies para todos os lados – há algo de ainda mais
estranho nessa zona sem adultos. Há uma barreira que cobre, por vinte milhas,
um diâmetro, centrado em nada menos do que uma Usina Nuclear. Se a história tem
muito a ver com mutações? Posso garantir que sim, já que começam a aparecer
crianças que podem fazer um pouco mais do que os outros. E quando digo isso, me
refiro sim, ao (spoiler básico!) de superpoderes. Em minha opinião, Gone não podia ficar mais
legal.
Mas espere, por que o livro fica ainda mais louco – já
imaginou a organização de uma sociedade onde só vivem as crianças, ninguém quer
trabalhar e tudo mais? Certo, totalmente caótica, e as conseqüências são
imprevisíveis. E é isso que Sam – o personagem principal da nossa história –
tem que enfrentar em sua pacata e pequena cidade, Praia Perdido. A narração não
deixa você piscar, os personagens são interessantes – e você fica quase tão
implicado com a questão de como aquele mundo surgiu quanto os próprios
personagens. O livro praticamente te prende entre as páginas, e apesar de ter
mais do que 400, acabei lendo em apenas uma tarde. Ele foi escrito realmente
para adolescentes e crianças, então não vá esperando uma linguagem complexa nem
nada do gênero. O livro é fácil de ler, de entender e ainda possui uma trama
impecável, com muitos mistérios e que rendem muito mais do que eu praticamente
comer todas as minhas unhas de tão nervosa que ficava. E ainda consegue meter
um pouco de medo só com as palavras – e nem vou mencionar a Escuridão.
Enfim, só posso dizer que valeu cada centavo – e muito mais.
Nota: 5/5
Quote: Welcome to Perdido beach, where our motto is:
Radiation, what radiation?
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