segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Diabo Veste Prada (O Diabo Veste Prada, #1)


Nome:  O Diabo Veste Prada
Autor: Lauren Weisberger
 Gênero:  Chick-lit
Idioma: Portguês
Editora: Record, 416 páginas
Título Original: Devil Wears Prada
Saga:  Devil Wears Prada, #1
Ano de Publicação: 2003

Sinopse:  O mundo da moda não é para iniciantes. Especialmente em Nova York. Para conquistar espaço - o mínimo que seja - é preciso muitas vezes experimentar o pão que o diabo amassou. Ou mesmo vender a alma ao dito-cujo. Mas será que vale a pena tanto sacrifício? Com conhecimento de causa, Lauren Weisberger lança a questão com charme e bom humor em seu romance de estréia, "O Diabo Veste Prada", que revela, em detalhes, histórias de personagens facilmente identificáveis no mundinho fashion de Nova York.


Resenha:
                Eu comecei o Diabo Veste Prada há alguns dias, e devo dizer que gostei bastante. Não é o livro da minha vida nem nada do gênero, mas foi uma leitura muito rápida e divertida. Assisti ao filme anos atrás, e lembrava muito pouco da história – a não ser roupas lindas e surreais, e como Meryl Streep fez um papel ótimo de uma bruxa de primeira.
                Enfim, eu gostei muito do livro no geral. Ele não é um chick-lit comum – na real, praticamente nada de interesse romântico. O Alex e o Christian aparecem brevemente, mas não possuem nenhum impacto real como personagens. Na verdade, a maioria dos personagens fica bem apagado, até mesmo a melhor amiga Lily, em comparação com a personagem de Miranda Priestly. Andrea Sachs, a protagonista, é simpática e irônica, e você acaba rindo de tudo que ela comenta. O livro tem um humor inerente, às vezes me fazendo dar gargalhadas altas no meio do ônibus enquanto estava lendo.
                Apesar de o livro não ser a maior obra prima existente nem nada, foi uma leitura interessante – principalmente por tudo que a Miranda criava de problemas, e ver como a revista costuma funcionar por dentro, ou até mesmo as celebridades e a parte da moda. A rotina de Andrea acaba sendo interessante justamente por não ter uma rotina – cada dia um novo desafio interessante para enfrentar, ou deixa-la louca. Em termos de trama, o livro tem pouca ou quase nenhuma. É simplesmente uma recontagem do trabalho de Andrea desde o dia em que entrou para Runaway até ir embora.
                No geral, o livro não surpreende nem nada – é simplesmente uma leitura que entretém bastante, bem leve, e que não pode deixar de ser engraçada ao mesmo tempo que triste com os sofrimentos de Andrea pela chefe tirana. Gostei da leitura, que é bem leve e rápida, mas ao mesmo tempo não deixa de ser boa.


Nota: 3.5/5


Quote: “As I raced out of the office, I could hear Emily rapid-fire dialing four-digit extensions and all but screaming, 'She's on her way-- tell everyone.' It took me only three seconds to wind through the hallways and pass through the fashion department, but I had already heard panicked cries of 'Emily said she's on her way in' and 'Miranda's coming!' and a particularly blood curdling cry of 'She's baaaaaaaaaaaaaaaaaaaack!” 

domingo, 22 de setembro de 2013

Amuleto de Samarkand (Bartimaeus, #1)


Nome:  O Amuleto de Samarkand
Autor: Jonathan Stroud
 Gênero:  Fantasia, Ficção
Idioma:  Português
Editora: José Olympio, 448 páginas
Título Original: The Amulet of Samarkand
Saga:  Bartimaeus, #1
Ano de Publicação: 2003

Sinopse:  Quando Bartimaeus, um djinn de 5.000 anos é invocado por Nathaniel, um jovem aprendiz de mago, ele não espera ter de fazer nada mais cansativo do que umas poucas ilusões simples. Mas Nathaniel é um talento precoce e tem algo muito mais perigoso em mente: vingança. Contra sua vontade, Bartimaeus é despachado para roubar o poderoso Amuleto de Samarkand de Simon Lovelace, um mestre da magia, de ambição e impiedade sem rivais. Sem demora, tanto o djim quanto o aprendiz são pegos em uma terrível torrente de intriga mágica, assassinato e rebelião. Passado em uma Londres moderna, controlada por magos, este thriller bem humorado e eletrizante conquistará leitores de todas as idades.


Resenha:
                Para resenhar livros desconhecidos e divulgar coisas novas, precisa levar muitas coisas em consideração. Por exemplo, o que as pessoas vão querer ler, assim que resolverem sair de suas “casinhas” originais? Afinal, ninguém pode viver de Harry Potter uma vida toda (por melhor que os livros sejam). Então resolvi recomendar este livro, e agora se prepare para um falatório infindável.
                Comprar livros por um dólar é geralmente suspeito, mas eu sou propícia a esse tipo de coisa. Admito, nem sempre dá certo e muitas vezes o livro é uma grande porcaria. Mas o livro de Jonathan Stroud foi realmente bom e um tanto surpreendente.
                Para começar, é um cenário completamente novo. Londres é controlada por magos (guarde para si o comentário de “Ah, Laura, tenha dó, todo mundo já viu isso antes”), porque é uma Londres moderna, do século XXI. E nada de magos com varinhas e essas coisas, mas daquele tipo que tinham de invocar demônios para fazerem sua vontade.  Os magos fracos invocam os demônios fraquinhos e podres, enquanto os mais poderosos conseguem chamar demônios antigos, com milhares de anos para serem seus servos. Outro elemento interessante e inovador: o personagem principal é nada menos do que um garoto de doze anos, que na verdade, só quer uma coisa: vingança por uma humilhação. É tão legal ver esses personagens que não são bonzinhos e não ficam o tempo todo com a história de “vou salvar o mundo, etc”. Portanto, Nathaniel é um garoto esperto, talentoso, e que não está nem aí para a moral da história. Mais um ponto para Stroud.
                Agora o mais incrível de tudo é que o personagem principal não é exatamente Nathaniel, e sim o demônio milenar que ele invoca. E aí temos a introdução do maravilhoso Bartimaeus – sarcástico, antiético, traiçoeiro e incrivelmente engraçado. Bartimaeus narra a história em primeira pessoa, relembrando várias das suas façanhas anteriores e fazendo comentários absolutamente inconformados com o fato de ter que servir um menino franzino e mimado.  Porém, para ter sua vingança, Nathaniel acaba indo um pouco longe demais – e se metendo em planos do governo e coisas que ele realmente devia ter deixado em paz.
                Uma das minhas partes favoritas são as notas de rodapé – elas definitivamente fazem o livro valer a pena. Bartimaeus lança comentários sarcásticos na direção de todo mundo, inclusive na do leitor. Ele é tão sarcástico, em todas as horas do dia, que é difícil não o amar. Eu não conseguia parar de rir, ao mesmo tempo em que ficava atenta a trama complexa do livro, que envolvia também as partes em terceira-pessoa em que acompanhamos Nathaniel.
                Por fim, só posso dizer que foi uma leitura absolutamente deliciosa – nunca havia visto algo parecido antes. São tantos elementos bons que o livro quase parece imaginário. Personagens, trama, reviravoltas e uma narração de deixar todo mundo acordado, e felizmente posso dizer que são poucos livros que podem fornecer tais elementos.Posso dizer até que não achei defeito nenhum nesse livro.  Vale a pena comprar e ler, e ainda ficar esperando por quando eles vão nos dar mais um pouquinho de Bartimaeus para saciar nossa fome.


Nota:  5/5


Quote: “That did it. I'd gone through a lot in the past few days. Everyone I met seemed to want a piece of me: djinn, magicians, humans...it made no difference. I'd been summoned, manhandled, shot at, captured, constricted, bossed about and generally taken for granted. And now, to cap it all, this bloke is joining in too, when all I'd been doing was quietly trying to kill him.”

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

[TOP 5] 5 livros que me fizeram chorar


TOP 5 é um meme que tentarei fazer uma vez por mês, com minha lista top 5 de qualquer coisa que eu estiver com vontade. Dessa vez, os livros são os que mais me fizeram chorar. Preparados para as lágrimas? Pegue um lencinho e me acompanhe!



5.  O Sol é Para Todos, Harper Lee
Um livro super impactante em minha vida. Li ele apenas ano passado, e eu nem sabia do que se tratava - e até agora fico sem palavras para descrevê-lo. Sempre fico chocada com o que acontece, e como até nos dias de hoje isso volta a acontecer. Chorei de tristeza mais porque é um livro cuja história faz parte do nosso dia-a-dia do que pelo modo como é contada. Um must-read, definitivamente.

“As you grow older, you'll see white men cheat black men every day of your life, but let me tell you something and don't you forget it - whenever a white man does that to a black man, no matter who he is, how rich he is, or how fine a family he comes from, he is trash.



4. A Culpa é das Estrelas, John Green

Comecei 'A Culpa é das Estrelas' já sabendo o que ia acontecer, e mesmo assim continuou um livro incrível. Chorei da metade pro final praticamente, não conseguia nem parar de soluçar. A história é muito emotiva mesmo, e nos faz refletir sobre a vida e todas as escolhas que a gente faz. Foi um livro lindo!

“You don't get to choose if you get hurt in this world...but you do have some say in who hurts you. I like my choices.” 





3. Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, Jonathan Safran Foer

Li o livro por indicação da minha amiga, e foi uma das melhores que li até hoje! A trama é super comovente enquanto acompanhamos Oscar e o mistério das chaves. Adorei o modo como é escrito e contracena as várias cartas e imagens. Minhas partes favoritas foram as partes escrita pela avó - eram lindamente escritas e cheias de emoção, simplesmente não conseguia desgrudar. Há passagens maravilhosas durante o livro, e a história toda faz você se emocionar.

“I regret that it takes a life to learn how to live.” 



2. O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe li e reli várias vezes. É um clássico que serve tanto para adultos quanto para crianças, e nunca vai deixar de fazer você chorar feito um bebê. Ele é simples, mas toda a emoção contida dentro dele é incrível e praticamente incapacitante. Não dá pra ler sem ter lágrimas nos olhos e fazer você repensar toda sua vida. 

“The most beautiful things in the world cannot be seen or touched, they are felt with the heart.” 



1. O Menino do Pijama Listrado, John Boyne

Tá, esse livro é o número um pela razão que demorou duas horas para lê-lo e mais ou menos outras três para eu conseguir parar de chorar.
É um livro pequeno, mas simplesmente incrível. Passa uma mensagem que nos faz pensar na vida e em tudo o que já aconteceu no mundo, e o final simplesmente acaba conosco. É um livro para nunca mais ser esquecido.

“What exactly was the difference? he wondered to himself. And who decided which people wore the striped pajamas and which people wore the uniforms?”





Algumas menções de Honra, para também não ficarem perdidos: "A Menina que Roubava Livros", "História de Duas Cidades", "Quem é você, Alasca?" e é claro, "Marley & Eu", que não poderia faltar. Todos altamente recomendados (:

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fall of Five (Lorien Legacies, #4)


Nome:  Fall of Five
Autor: Pittacus Lore
 Gênero:  Ficção, Young-Adult
Idioma: Inglês
Editora: HarperTeen, 352 páginas
Saga:  Lorien Legacies, #4
Ano de Publicação: 2013

Sinopse:  The Garde are finally reunited, but do they have what it takes to win the war against the Mogadorians?
John Smith—Number Four—thought that things would change once the Garde found each other. They would stop running. They would fight the Mogadorians. And they would win.
But he was wrong. After facing off with the Mogadorian ruler and almost being annihilated, the Garde know they are drastically unprepared and hopelessly outgunned. Now they’re hiding out in Nine’s Chicago penthouse, trying to figure out their next move.
The six of them are powerful, but they’re not strong enough yet to take on an entire army—even with the return of an old ally. To defeat their enemy, the Garde must master their Legacies and learn to work together as a team. More importantly, they’ll have to discover the truth about the Elders and their plan for the Loric survivors.
And when the Garde receive a sign from Number Five—a crop circle in the shape of a Loric symbol—they know they are so close to being reunited. But could it be a trap? Time is running out, and the only thing they know for certain is that they have to get to Five before it’s too late.
The Garde may have lost battles, but they will not lose this war.
Lorien will rise again.


Resenha:
Sempre acho que os livros de Lorien Legacies não podem ficar melhores – e lá vou eu de novo estar errada. The Fall of Five começa com toda a Garde reunida, uma coisa pela qual esperávamos há muito tempo. É incrível ver a dinâmica de todo o grupo junto, usando seus poderes e treinando para a batalha final. Até mesmo Sarah e Sam se dedicam mais ao treinamento, nenhum dos dois querendo ficar para trás. E isso é simplesmente incrível.
A trama em si segue mais ou menos o estilo da dos primeiros livros da série – uma batalha aqui e ali, no final algo grande. O livro em si possui apenas 300 páginas, e às vezes ficamos com a sensação de que o autor está enrolando para vender mais volumes, mas no geral a história é bem estabelecida e segue um complexo lógico – quase todas as cenas eram absolutamente necessárias para desenvolver tanto a trama principal quanto os personagens. É bom ver a Garde crescendo conforme os livros, ficando mais fortes e tudo mais.
Minha parte favorita do livro, é claro, são os personagens.  Não tem um que eu não simplesmente ame de paixão – o Nine, o John, a Six, o Sam, a Marina, a Ella... são todos tão bons e dispostos a dar tudo por seu objetivo. É simplesmente brilhante. Outra coisa que sempre gosto bastante é a troca de POVs, que nos permite olhar um pouco de cada lado. Dessa vez, introduziram o POV do Sam, e temos as narrações alternadas entre ele, John e Marina. As legacies também são sempre uma coisa legal de ver, principalmente quando um poder novo surge e como eles usam – uma das minhas cenas favoritas foi a hora em que todos se juntam para o treinamento na sala especial, e um jogo de pique-bandeira. O livro arranca sorrisos a toda hora, e a dinâmica entre todos os personagens é bem descrita e real.
O melhor de tudo, contudo, foi a nova parte da trama introduzida – nós sabemos que os Mogadorians querem destruir a Terra e todo aquele blábláblá de sempre, e Setrakus Ra está no meio disso. Mas fora isso, não sabemos praticamente nada sobre seus planos e a obsessão por detruir os Lorianos. Nesse livro, temos alguns flashes do que vai ocorrer nos próximos livros da saga – e eu te digo, é algo grande. Grande mesmo. Eu terminei o livro praticamente gritando de tanta coisa que estava acontecendo e de tantas possibilidades que abriram. Mas só um avisozinho: ao mesmo tempo em que Fall of Five vai te fazer rir, vai ao mesmo tempo estilhaçar seu coração. Não posso falar nada de spoilers, mas um dos meus personagens favoritos se foi, e eu não conseguia me conformar de maneira alguma. Não conseguia nem falar direito quando terminei o livro, e só posso dizer que, além de melhor ainda que os anteriores, o livro também vai te deixar tanto pesaroso quanto querendo mais, tudo ao mesmo tempo.


Nota: 4.5/5

Quote: “We break our huddle and Eight immediately transforms into one of his massive avatars. His handsome features melt away, replaced by the snarling face and golden mane of a lion. He grows to about twelve feet, ten arms sprouting out of his sides, each of them tipped with razor-sharp claws. Nine whistles through his teeth.

'Now we're talking,' Nine says. 'One of your parents must've been a chimæra. Probably your mom.”

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Jurassic Park (Jurassic Park, #1)



Nome: Jurassic Park
Autor: Michael Crichton
Gênero: Ficção
Idioma: Apenas inglês
Ano de Publicação: 1990

Sinopse: An astonishing technique for recovering and cloning dinosaur DNA has been discovered. Creatures once extinct now roam Jurassic Park, soon-to-be opened as a theme park. Until something goes wrong, and science proves a dangerous toy…


Resenha:
Jurassic Park é um livro que todo –e qualquer fã – de dinossauros deveria ler. Estou falando sério – foi o livro que me convenceu a ser paleontóloga (na verdade, minha mãe leu quando estava grávida e viciou, o que totalmente explica minha loucura – ou até minha paixão por lagartos gigantes.).
Enfim, Michael Crichton faz você virar uma página atrás da outra – cada vez esperando o pior, enquanto John Hammond, financiador e criador do parque, tem toda a certeza de que será o maior parque de diversões do mundo. Afinal de contas, todo mundo quer ver um dinossauro vivo. Para inspecionar a sua criação, Hammond então convoca uma trupe de cientistas – incluindo o paleontólogo Alan Grant e o matemático especialista Ian Malcolm, e ainda convida seus dois netos para passar o fim de semana na Ilha da Costa rica onde seus experimentos eram conduzidos.
É óbvio que nada disso dá certo.
Na primeira metade do livro, Crichton nos introduz ao recém-descoberto universo da genética, e a própria ideia do parque. Ficamos tão envolvidos com a história que é impossível não desejar estar lá. A explicação “científica” que ele fornece para criar a existência dos novos dinossauros é plausível – tanto que você começa a acreditar que os dinossauros possam ser tão reais quanto eu ou você.
E então tem o Dr. Ian Malcolm, insistindo que todo o parque é um absurdo, e que a situação não pode ser controlada – e BAM, ele está certo, como em todas as outras vezes! E aí começam as aventuras pela ilha, fugindo do famoso Tiranossauro no jipe, velociraptors na cozinha e todas aquelas famosíssimas cenas do Spielberg.
Jurassic Park é um livro que te tira o fôlego, e a cada segundo você quer ler mais – seja por causa dos dinossauros, ou porque simplesmente quer voltar para casa e acordar do sonho que se tornou pesadelo, como todos na ilha.
E principalmente se você gosta de ficção e dinossauros, esse é seu livro. Bem vindo ao Período jurássico.

Nota:  5/5

Quote:”God creates dinosaurs, God kills dinosaurs, God creates man, man kills God, and man brings back dinosaurs.”


sábado, 14 de setembro de 2013

Prodigy (Legend, #2)


Nome:  Prodigy
Autor: Marie Lu
 Gênero:  Distopia, Ficção, YA
Idioma: Português
Editora: Prumo, 305 páginas
Título Original: Prodigy
Saga:  Legend
Ano de Publicação: 2013

Sinopse:  Os opostos perto do caos. Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez.
Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.


Resenha:  
                Li Legend no começo do ano e gostei bastante – a história e a trama em si não possuem nada de novo ou algo que fará você perder a respiração, mas a escrita de Lu é fluida e muito tranquila, e os personagens são bem construídos. Nesse volume da saga, Lu não surpreende – nem de maneira boa nem de maneira ruim, na minha opinião.
                Quando comecei a ler Prodigy não esperava nada melhor que o primeiro, mas foi bom constatar que os dois livros possuem as mesmas qualidades. Gosto muito da narrativa alternada entre os capítulos de June e Day, que proporcionam um insight bem diferente da história – é interessante ver como dois personagens que se conectam um ao outro também possuem opiniões tão divergentes. Eu particularmente não consigo escolher entre nenhum dos dois – acho ambos personagens tão diferentes e que adicionam tanto à trama. Caso os dois não estivessem no livro, Prodigy seria uma distopia bem genérica – mas June e Day contribuem a sua própria maneira para não deixar o livro entediante.
                O ritmo de Prodigy é rápido e a trama evolui praticamente na velocidade da luz – a cada página que vira uma coisa nova está acontecendo. Gostei muito que foram nos apresentados os outros países e o resto do mundo, e o que pensam a respeito da República. As atividades dos Patriotas progredindo também é muito interessante de ver.
                Os pontos negativos de Prodigy para mim foram principalmente dois – ao invés de encontrar muitas viradas na trama, eu conseguia adivinhar muita coisa do que iria acontecer. A personalidade do Anden e quem ele é de verdade, eu matei a charada em menos de cinco minutos. Apesar de que a parte do Razor e sobre as decisões da República me surpreenderam um pouco, também. Outra coisa que não gostei foi a evolução da personagem da Tess, e os outros “triângulos amorosos” que pareceram surgir pela trama. Achei bem desnecessário e completamente fora do lugar – principalmente em vista do objetivo dessa relação entre ela e Day. Para acontecer o que aconteceu, os dois bastariam continuar amigos e pronto, sem essa besteira de querer inserir outra parte romântica.
                No entanto, gostei muito de Prodigy. Foi uma leitura bastante rápida e com a qual consegui me divertir e mais uma vez voltar aos personagens que tanto gosto dentro dele – principalmente a June, que é simplesmente demais. Além do mais, agora fiquei louca para ler o próximo – principalmente devido ao jeito como o livro acaba. Quer um cliffhanger maior? Maldita Marie Lu arruinando meu OTP! Mas não direi mais nada, porém saibam que fiquei muito frustrada com o final e quero que dezembro chegue logo para eu finalmente poder ler a conclusão para a saga.
                Em resumo, minha opinião sobre Prodigy é: se você adorou Legend, vai adorar o segundo livro. Se gostou do primeiro, vai gostar muito de Prodigy também. Mas se você já não gostou de Legend – e pegou o segundo livro para dar uma “segunda chance” a série, melhor deixar ele de lado, pois Prodigy se dá exatamente da mesma maneira que o primeiro livro da saga.


Nota: 4/5

Quote: “I take a step toward him and grin cheerfully. "With all due respect, I don't see the Republic tacking up wanted posters with your pretty face on them.” 



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Jane Austen, A Vampira (Jane Fairfax #1)


Nome: A Vampira
Autor: Michael Thomas Ford
 Gênero:  Romance
Idioma: Português
Editora: Leya, 304 páginas
Título Original: Jane Bites Back
Saga:  Jane Fairfax
Ano de Publicação: 2009

Sinopse:  Segundo este livro, a autora de "Orgulho e Preconceito" e outros clássicos do século XVIII não morreu, mas vive hoje numa cidadezinha no interior do estado de Nova York. Dona de uma livraria, vive frustrada por não receber os direitos autorais e ter o reconhecimento de suas obras de sucesso. Em "Jane Austen - A Vampira", ela mudou o sobrenome para Fairfax e sobrevive há 233 anos, porque foi mordida por um vampiro, quando se tornou imortal. Entre romances com o Lord Byron, que também é um vampiro, e tentativas frustradas de publicar um novo livro, Jane Austen, ou melhor, dizendo, Jane Fairfax, envolve o leitor em uma divertida viagem ao universo literário, com personagens de outras histórias, de maneira inteligente e divertida!


Resenha:
                Depois do balde de água fria que eu levei com Abraham Lincoln caçador de vampiros, resolvi esfriar a cabeça e me acalmar bastante antes de começar a julgar os livros de gente famosa misturados com vampiros. Sim, eu consegui superar o preconceito – e você consegue, também!
                Eu entendo muito bem quem tem receio de começar livros assim, sempre por medo de ser um completo desastre. Quem me emprestou “A Vampira” foi minha tia, e eu comecei a ler com uma curiosidade imensa. Mas já aviso – não espere que seja lá grandes coisas, porque não é. A narrativa é simples e até bobinha as vezes, mas foi um livro que me entreteve bastante.
                A trama, na verdade, é bem fraca. Não temos muitas observações nem viradas interessantes – no geral, o livro não assume um rumo específico e portanto, a trama é bem indefinida. No geral, seguimos a vida de Jane Fairfax – sua livraria, sua vida amorosa, a estrada para a publicação do seu novo livro. Nada demais até aí. Até mesmo as partes que seriam interessantes – Jane matando humanos ou algo assim, foi completamente diluído, e a parte que mais se sobressai é o romance.  O estilo de escrita não é muito complexo também, o que o torna uma leitura bem rápida. Como definiria minha vó, uma coisa bem “água com açúcar”.
                O que eu mais gostei, na verdade, foram as representações dos personagens. Jane é carismática e uma doçura, e você imediatamente gosta dela e se identifica com seus problemas. Achei muito legal também o modo como o autor retrata as relações dela com seus livros anteriores. Os outros personagens também são muito bons, e teve horas que tive de rir em voz alta com a bagunça da publicação do novo livro e o envolvimento de Lorde Byron com a situação toda. Algumas citações literárias também são divertidas ao longo da leitura – uma vez que Jane Austen agora tem uma livraria, isso se torna inevitável.
                No geral, achei o livro bem fácil de ler e gostei muito das aventuras de Jane, e deu uma renovada no gênero sem exatamente perder o charme. Se você é um fã hardcore de Jane Austen que não concorda com adaptações, nem chegue perto! Mas se você gosta de alguma coisa para distrair, e que ao mesmo tempo te faça rir e falar “awwn” em algumas partes, o livro até que é bem bom e entretém bastante o leitor.


Nota: 3/5



Quote: “When The Journal of Words compiled its list of the one hundred best novels written in English, do you know that Pride and Prejudice was number twelve?" She stopped pacing and glared at Jane. "And do you know where Jane Eyre was?" she asked. She looked at the four of them in turn, but nobody answered her. "Number fifty-two!" she shrieked. "Fifty-two! Below that pornographic travesty Lolita!" She spat the title as if it were poison. "Below Huckleberry Finn! Below Ulysses. Have you ever tried to read Ulysses? Have you ever finished it? No, you haven't. No one has. They just carry it around and lie about having read it.” 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Delírio (Delirium, #1)


Nome:  Delírio
Autor: Lauren Oliver
 Gênero: Distopia, Young Adult
Idioma: Português
Editora: Intrínseca, 352 páginas.
Título Original: Delirium
Saga:  Delirium
Ano de Publicação: 2011


Sinopse:  Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?



Resenha:

                Por onde começar essa resenha? Delirium é um livro que me deixou pensando nele por meses a fio. Volta e meia olhava para uma coisa na rua e conseguia ver a essência do livro percorrer a minha vida, como se já virasse parte dela. E é exatamente esse tipo de livro delicioso que Delirium é.
                Na realidade, não tem muito o que falar. A trama central do livro na verdade é bem bobinha, e os personagens não são lá essas coisas tampouco. Lena tem um passado doloroso, Alex é um cara encantador, Hana é a melhor amiga que desafia o sistema. É claro que você vê o livro através dos pensamentos da Lena – é narrado em primeira pessoa – mas às vezes senti que os personagens poderiam ter evoluído um pouquinho mais, pelo menos até a metade do livro. E na verdade é só por isso que o livro não ganha uma nota um pouquinho maior. E depois a história foi evoluindo, e eu simplesmente me apaixonei.
                Porque na verdade, a ideia de Lauren Oliver é bem simples: discutir o papel do amor na sociedade. “Nossa, Laura, mas que coisa clichê, pelo amor de deus” – é o que você está pensando. E no começo, é mais ou menos isso. Só que Oliver evolui isso ao extremo – a distopia é criada ao redor de uma cirurgia feita aos dezoito anos que remove a parte do cérebro que é capaz de sentir emoções. E o amor é considerado uma doença transmissível que deve ser removida a qualquer custo.
                Todo o mundo de Delirium se baseia na cura de amor deliria nervosa – o amor em si, e como ele afeta a sociedade. Quando o amor e as emoções são removidas, inclui tudo – todas suas amizades, sua família, absolutamente tudo. E foi essa parte que quase me matou por dentro. Enquanto eu estava lendo, eu não podia deixar de pensar, o tempo inteiro – e se acontecesse comigo? É isso que Delirium propõe dentro da história. Lena foi criada em uma sociedade que acredita que toda forma de emoção é ruim, e que é a causa de todos os problemas do mundo. E então Lena conhece Alex e BAM – nada mais faz sentido. E o que eu mais adorei é que a autora faz você mergulhar nessa sensação de dor e esperança e amor e alegria e felicidade que é se apaixonar ou possuir uma grande amizade, o quanto é importante essa parte dentro dos relacionamentos humanos. É simplesmente lindo ver como isso acontece, e Lena começar a perceber o quão errada é essa sociedade que ela está vivendo. Porque o amor dói? Claro. Tem horas que dá vontade de chorar e arrancar o coração fora? Também. Mas não é um negócio que vale a pena? Não nos faz sentir vivos?
                A proposta do livro é simplesmente brilhante, não há outras palavras para descrever. É uma história envolvente e de reflexão, da forma mais bonita. Oliver escreve de um modo extremamente poético e envolvente, o que ajuda ainda mais dar o tom da obra. Uma das coisas que também gostei foram os pequenos trechos que davam início ao capítulo – com passagens do tratado da sociedade de Lena, sobre os sintomas de amor deliria nervosa, e todo outro tipo de coisa que dava um toque extra aos capítulos. Alguns parágrafos eram simplesmente aterrorizantes quando se pensa nas consequências de uma vida assim, e eu achei maravilhoso. Porém, não é um livro que contenha ação – e não vá esperando nada do gênero. Ele é um livro cuja escrita é fluida e rápida, mas busca acima de tudo refletir nos próprios seres humanos e suas emoções do que qualquer outra coisa.


Nota: 4.5/5


Quote: “I guess that’s just part of loving people: You have to give things up. Sometimes you even have to give them up.”